O Predador: A Caçada | Crítica O Predador: A Caçada | Crítica

O Predador: A Caçada | Crítica

Divulgação/Hulu

Parecia que a franquia Predador ficaria um bom tempo encostada depois do tosco filme de 2018 dirigido por Shane Black, e com os direitos indo para a Disney. Mas não, uma nova chance foi dada para o caçador alienígena com O Predador: A Caçada, lançado direto para o streaming Hulu nos EUA e no Star+ no Brasil no último dia 05 de agosto, sexta-feira.

O Predador: A Caçada | Crítica

Dirigido por Dan Trachtenberg (Rua Cloverfield, 10), O Predador: A Caçada é disparado um dos melhores filmes da franquia, já que explora muito bem o potencial do personagem e sua ambientação, aqui bem minimalista.

A trama é situada no século 18, servindo como um prelúdio do filme original de 1987. A história aborda a tribo Comanche com a protagonista Naru (Amber Midthunder), uma guerreira feroz e altamente qualificada. Ela foi criada à sombra de alguns dos caçadores mais lendários que vagam pelas Grandes Planícies, então quando o perigo ameaça seu acampamento, ela decide proteger seu povo. A presa que ela persegue, e finalmente confronta, acaba sendo um predador alienígena altamente evoluído com um arsenal tecnicamente avançado, resultando em um confronto cruel e aterrorizante entre os dois adversários.

Amber Midthunder é uma grata surpresa. Sua atuação é satisfaz a partir do momento que vemos sua personagem evoluir com suas habilidades sempre a frente de sua tribo. Sendo mulher, ela acaba sendo subestimada, inclusive pelo próprio Predador, que chega na tribo sem rodeios. Seu objetivo é o mesmo dos outros alienígenas: encontrar alguém à altura para desafia-lo.

A direção de Dan Trachtenberg é segura e explora com eficiência os momentos de tensão e a evolução de Naru e do próprio Predador. Embora sua tecnologia seja avançada, o filme deixa claro que se trata de um caçador ainda com equipamentos menos evoluídos do que os filmes posteriores. Já Naru, também precisa se equipar pois sabe que o grande desafio para ser respeitada em sua tribo é algo maior que qualquer urso ou leão que encarou.

As sequências de ação sempre em planos abertos destacam que o perigo iminente pode vir de qualquer lado. Sendo assim, Naru precisa analisar o Predador e usar muito mais que pedras, machadinhas e arco e flecha. Seu instinto de sobrevivência precisa fluir.

O único pesar do longa é não se aprofundar na tribo Comanche. Não há personagem coadjuvante, com os integrantes da tribo servindo mais como alvos fáceis para o Preador. O destaque fica para o carismático cão Sarii, o grande parceiro de Naru, que se torna figura crucial para o combate final da guerreira contra o alien.

O Predador: A Caçada é um ótimo reinício da franquia. Sanguinolento, visceral e que resgata os elementos do longa de 1987, reverenciando e visando um futuro melhor com novas produções.

4

ÓTIMO

O Predador: A Caçada é um ótimo reinício da franquia. Sanguinolento, visceral e que resgata os elementos do longa de 1987, reverenciando e visando um futuro melhor com novas produções.