Cobra Kai - 5ª temporada | Crítica Cobra Kai - 5ª temporada | Crítica

Cobra Kai – 5ª temporada | Crítica

Divulgação/Netflix

Cobra Kai está de volta com sua quinta temporada menos de um ano depois da quarta. Lembra que aquela série que prometia um tom mais sério, ainda quando era apenas uma produção para o YouTube, com a Netflix abraçou de vez a nostalgia, o brega, e bizarrices que só conseguimos aceitar porque os personagens são ótimos e adoráveis.

Cobra Kai - 5ª temporada | Crítica

Os novos episódios são os mais bem conduzidos e pés no chão até aqui (por incrível que pareça!), focando na ascensão do Dojo Cobra Kai, agora sob controle de Terry Silver (Thomas Ian Griffith), que tomou a série pra si e se transforma no grande vilão não apenas da temporada, mas de toda a série.

Sua interpretação é charmosa, cínica e manipuladora. Afinal, todos que decidiram derrotar Daniel LaRusso (Ralph Macchio) e Johnny Lawrence (William Zabka) no tatame falharam. Então, ele recorreu a outros meios, sendo um exímio articulador para machucar Daniel psicologicamente.  A partir daí, se preparem para brigas de casais, dramas adolescentes, traições e muitos outros dramas novelescos que só Cobra Kai consegue fazer sem deixar piegas demais.

Na nova temporada, depois do resultado chocante do Torneio Regional, Terry Silver (Thomas Ian Griffith) tenta expandir o império Cobra Kai e fazer o estilo de caratê “sem compaixão” dominar a região. Com Kreese preso e Johnny Lawrence (William Zabka) longe do caratê para reparar os danos que causou, Daniel LaRusso (Ralph Macchio) precisa pedir ajuda a uma pessoa do passado.

O roteiro novamente derrapa por oferecer resoluções rápidas, como a viagem de Miguel (Xolo Maridueña) em busca de conhecer o pai. O desfecho é raso e o personagem fica deslocado durante toda a temporada. O mesmo acontece com Samantha (Mary Mouser), que começa com um drama interessante com o resultado do torneio martelando em sua cabeça, mas isso é jogado de lado de forma abrupta. Contudo, ela tem uma evolução muito importante ao lado da mãe Amanda LaRusso (Courtney Henggeler), que segue sendo a personagem mais consciente de toda a série.

Jacob Bertrand e Gianni DeCenzo, os amigos Eli e Demetri, respectivamente, seguem sendo os melhores personagens do núcleo jovem. Contudo, os roteiristas forçam muito a barra em dar importância para Ray (Paul Walter Hauser), que segue sendo um personagem chato e que pouco acrescenta à narrativa. Seu tempo desperdiçado em tela acaba prejudicando personagens que poderiam aparecer mais como Mike Barnes, o vilão de Karatê Kid 3 – O Desafio Final (1989) interpretado por Sean Kanan.

Yuji Okumoto retorna como Chozen, o antigo rival de Daniel em Karate Kid II, e se destaca por participar das melhores cenas de luta na temporada. As cenas de ação são bem conduzidas, com destaque para o elenco veterano proporcionando os combates mais brutais.

Cobra Kai continua apostando todas as fichas no seu elenco talentoso e carismático. Ótimas cenas de ação e dramas novelescos fazem da série um dos maiores entretenimentos da Netflix. 6ª temporada já está encaminhada e demonstra ter muita história pra contar.

https://www.youtube.com/watch?v=SPqNBE2xTUI

4

ÓTIMO

Cobra Kai continua apostando todas as fichas no seu elenco talentoso e carismático. Ótimas cenas de ação e dramas novelescos fazem da série um dos maiores entretenimentos da Netflix. 6ª temporada já está encaminhada e demonstra ter muita história pra contar.