Glamour, fama, dinheiro. Hollywood certamente é associada a essas características, mas também a fofocas. Estas, porém, não são algo recente. Quem vê separações de famosos, como a de Angelina Jolie e Brad Pitt, ou então desentendimentos, como aquele entre Will Smith e Chris Rock no Oscar de 2022, pode pensar que a academia já não é mais a mesma.
Entretanto, não é de hoje que Hollywood é cercada de “espetáculos privados”. Um dos maiores data de sua Época de Ouro, e quem está no centro dele é a renomada atriz Ingrid Bergman, protagonista de Casablanca.
Meias-verdades não fazem uma verdade
Atualmente, com o auxílio da internet, é muito fácil disseminar informações, as quais nem sempre são verdadeiras. Muitas celebridades são associadas a fake news, ou seja, informações propagadas como legítimas e que, de tanto serem compartilhadas, acabam se passando como verdadeiras.
Por vezes essas notícias incluem alguns dados corretos apenas para disfarçar uma mentira por trás, o que compromete a pessoa em questão e até mesmo sua carreira. Segundo uma matéria publicada no blog da ExpressVPN sobre as celebridades mais associadas a fake news, é importante se perguntar se a informação é tendenciosa, além de verificar os fatos e a fonte das notícias antes de compartilhá-las.
Hoje em dia as notícias são divulgadas pela mídia mais rapidamente e em novos formatos. Entretanto, mesmo antes do advento da internet e da existência do termo fake news, a estrela Ingrid Bergman não esteve imune a uma série de menções e polêmicas, não necessariamente verdadeiras, em torno de seu nome.
O que aconteceu com Ingrid Bergman?
Ingrid Bergman, intérprete de Ilsa Lund em Casablanca, foi uma atriz sueca, naturalizada americana e considerada uma das grandes divas da Época de Ouro de Hollywood. Bergman, então casada com seu primeiro marido, com quem tinha uma filha, começara a fazer muito sucesso em Hollywood.
Foi quando, durante as filmagens de Stromboli, ela se envolveu amorosamente com o diretor, Roberto Rossellini. Bergman não foi a primeira atriz a ser o epicentro de reprovação moral pública, mas por ser estrangeira, houve um peso considerável colocado nela.
Ela teve de retornar à Europa para dar à luz seu filho com o diretor (que se tornaria seu segundo marido e com quem teria mais duas filhas) e passou por publicidades negativas, que lhe renderam o título de dona do maior alvoroço de Hollywood do século XX.
O caso gerou muita polêmica, em particular na Suécia. Bergman foi duramente criticada por manchar a reputação internacional do país. Nos EUA, o então senador Edwin C. Johnson usou o caso para dizer que nenhum estrangeiro culpado de falta de integridade poderia pisar em solo americano novamente.
Anos depois, sua filha, a atriz Isabella Rossellini – a Lisle Von Rhuman da comédia A Morte Lhe Cai Bem – viria a explicar que a mãe não teve outra escolha se não ir embora. É verdade que Bergman tivera vários casos (alguns só contados em sua biografia), mas a fofoca estava feita: os rumores incluíam até mesmo Alfred Hitchcock, supostamente interessado nela.
O que a história de Bergman nos ensina?
Na época, ela obteve apoio de celebridades como Cary Grant, Ernest Hemingway e Helen Hayes, conseguindo, após anos, retornar a Hollywood (e ganhar seu 2º Oscar). Contudo, sua história nos mostra como um assunto pessoal pode tomar dimensões catastróficas. Nesse sentido, os desafios da época não parecem tão diferentes dos atuais. Em tempos de internet, contudo, o cuidado com o que se lê, escreve e fala torna-se ainda mais imperativo.
