Sem Remorso | Crítica Sem Remorso | Crítica

Sem Remorso | Crítica

Divulgação/Amazon Prime Video
Sem Remorso | Crítica
Divulgação/Amazon Prime Video

Sem Remorso é mais uma adaptação do riquíssimo universo criado por Tom Clancy, que tem suas histórias adaptadas a todo vapor no Cinema, TV, e Games. Porém, se você espera uma história fiel neste filme estrelado por Michael B. Jordan, isso novamente não aconteceu. O livro lançado originalmente em 1993 só utilizou do nome e ganhou uma história totalmente diferente nessa versão dirigida por Stefano Sollima a partir do roteiro de Taylor Sheridan e Will Staples. Mas, não levem isso para o lado ruim da coisa.

Produzido pela Paramount e adquirido pela Amazon Prime Video, Sem Remorso se transformou em uma clássica história de vingança. Parece que o filme foi desenvolvido nos anos 80 e lançado somente em 2021. Isso é ruim? Depende. Se você curte os vários clichês e se divertia com aquelas produções, vai com certeza se divertir com esse filme, que garante entretenimento e transforma Michael B. Jordan em um potencial astro de ação.

Sendo batizado de John Kelly (nos livros é John Clark), o filme mostra um oficial de elite da marinha enfrentando uma conspiração quando um esquadrão de soldados russos mata sua família em retaliação ao seu papel em uma operação ultrassecreta. John Kelly (Michael B. Jordan) persegue os assassinos a todo custo. Unindo forças com uma companheira da marinha (Jodie Turner-Smith) e um sombrio agente da CIA (Jamie Bell), a missão de Kelly involuntariamente expõe uma conspiração secreta que ameaça envolver os EUA e a Rússia em uma grande guerra. Dividido entre a honra pessoal e a lealdade ao seu país, Kelly deve lutar sem nenhum remorso contra seus inimigos se quiser evitar um desastre e expor as figuras poderosas por trás da conspiração.

Sem Remorso falha em não explorar todo o potencial do personagem e fazer de Michael B. Jordan apenas uma máquina de matar. Ao escalar o ator em ascensão, era esperado uma performance de drama e ação com igual intensidade. Ele entrega muito do último, o que pode explicar por que ele queria fazer esse papel, já que o ator assina a produção do filme. Faltou mais oportunidades para Kelly expressar sua raiva. Tudo foi bem planejado para o próximo filme. Um mal de toda potencial franquia. O primeiro filme é apenas introdutório e serve apenas de migalhas para que o público fique esperando a próxima história.

Mas, Sem Remorso possui sequências seguras de ação, algumas sendo um deleite para os amantes de games táticos, lembrando inclusive o jogo Rainbow Six Siege, inspirado na obra de Clancy.

Trazendo dois atores negros (Michael B. Jordan e Jodie Turner-Smith) como dois oficiais de elite, o roteiro estabelece de forma inteligente o racismo estrutural nas entrelinhas,. A troca de olhares, a forma como os personagens são encarados e a missão suicida que dão para John Kelly. Não é somente por ele ser uma arma letal, mas é devido a ser uma figura descartável para a CIA.

Deixando de lado tudo que a história original poderia proporcionar, Sem Remorso ganha no entretenimento e em trazer um ator negro para uma franquia que sempre tratou o racismo de forma velada. Jamais um personagem negro foi protagonista nas histórias de Clancy e, precisou Michael B. Jordan se tornar produtor para reformular o parceiro de Jack Ryan.

Ps: Há uma cena depois dos créditos que abre caminho para uma futura série criada por Tom Clancy. 

Você pode adquirir os games de Tom Clancy’s: Rainbow Six Siege no PS4 e Xbox One com o link do Poltrona Nerd na Amazon.

4

ÓTIMO

Deixando de lado tudo que a história original poderia proporcionar, Sem Remorso ganha no entretenimento e em trazer um ator negro para uma franquia que sempre tratou o racismo de forma velada. Jamais um personagem negro foi protagonista nas histórias de Clancy e, precisou Michael B. Jordan se tornar produtor para reformular o parceiro de Jack Ryan.