Enola Holmes 2 | Crítica Enola Holmes 2 | Crítica

Enola Holmes 2 | Crítica

Divulgação/Netflix

Lançado em 2020, Enola Holmes parecia mais um filme esquecível da Netflix, mas a produção acabou se firmando como uma grata surpresa por uma história divertida movida pelo potencial do seu elenco.

Dois anos mais tarde, Enola Homes 2 estreia na Netflix com uma narrativa que surpreende por muitas reviravoltas e sem perder o foco de entreter o seu público.

Enola Holmes 2 | Crítica

Na trama, Enola (Millie Bobby Brown) ainda está sentindo o gostinho de ter solucionado seu primeiro caso e, decidida a seguir os passos do irmão famoso Sherlock (Henry Cavill), ela começa a trabalhar como detetive. O problema é que a carreira não anda lá muito movimentada. Resignada às dificuldades da vida adulta, ela está prestes a largar tudo… até que uma garota sem um tostão aparece com um pedido que promete ser o primeiro caso oficial de Enola: encontrar a irmã desaparecida. Conforme a situação se mostra cada vez mais desafiadora, Enola mergulha em um mundo novo e perigoso em Londres – de fábricas cinzentas a teatros vibrantes até os altos escalões da sociedade e o famoso endereço Baker Street, 221B, propriamente dito. À medida que uma conspiração mortal se inicia, Enola precisará da ajuda de amigos – e do próprio Sherlock – para desvendar o mistério.

Novamente dirigido por Harry Bradbeer e escrito por Jack Thorne, o longa expande a família Holmes, mas sem esquecer que a protagonista é Enola. Acompanhamos a garota nos seus primeiros passos como detetive, ainda verde para algumas situações, mas que consegue se sobressair mesmo sob a sombra do irmão famoso.

Enola Holmes 2 tem como pano de fundo a história real sobre a fábrica de fósfóros com uma jovem chamada Sarah Chapman (Hannan Dodd) desaparecida, motivando a chegada detetive. O roteiro foca em como as mulheres eram subestimadas na sociedade da época. Não por acaso, tirando Sherlock, as mulheres são o centro da história e invertem os papeis. Por exemplo, Tewkesbury (Louis Partridge) ensina Enola a dançar, enquanto a garota ensina o rapaz a lutar.

Apesar de lidar com temas mais sérios, Enola Holmes 2 é um longa para o público jovem e aposta no carisma de Millie Bobby Brown, mais uma vez bem a vontade no papel. Quebrando por diversas a quarta parede, a atriz de Stranger Things só exagera um pouco nas caras e bocas de frente a câmera, mas nada que prejudique a narrativa. E atriz desempenha uma ótima sintonia com Henry Cavill, que ganha mais espaço no papel de Sherlock.

Contudo, o roteiro é esperto em não deixar a protagonista em segundo plano. Os dois irmãos estão em mistérios diferentes que acabam se cruzando, e ambos usam sua inteligência para soluciona-los. Mais afoita por ser uma garota, é interessante notar que Enola ainda tem muito a aprender e vai adquirindo experiência em pequenos detalhes com Sherlock. Percebendo que a irmã é uma futura grande detetive, Sherlock apenas vai apontando o caminho para a jovem irmã.

Quanto a Henry Cavill, o ator está excelente e só mostra o quanto a Warner desperdiçou o seu potencial quando o colocou na geladeira no papel do Superman nos últimos anos.

Com mais de 2h de duração, Enolas Holmes 2 é frenético e mantém um ritmo intenso até seu ato final. Com muitas surpresas, como a revelação do seu antagonista, o longa potencializa o universo da família Holmes e se firma como uma das franquias mais divertidas da Netflix.

O longa tem uma cena pós-créditos que revela a aparição de um querido personagem de Arthur Conan Doyle.


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3.5

BOM

Enolas Holmes 2 é frenético e mantém um ritmo intenso até seu ato final. Com muitas surpresas, como a revelação do seu antagonista, o longa potencializa o universo da família Holmes e se firma como uma das franquias mais divertidas da Netflix.