Chama a Bebel | Crítica Chama a Bebel | Crítica

Chama a Bebel | Crítica

Divulgação/Paris Filmes

O mais recente lançamento da Paris Filmes, Chama a Bebel, apresenta Giulia Benite, conhecida por seus papéis em Turma da Mônica – Laços e Turma da Mônica – Lições, como protagonista. O filme segue a jornada de Bebel, uma jovem ativista e cadeirante, que se muda para a cidade grande e busca mudar os hábitos e comportamentos da comunidade em prol da sustentabilidade.

Giulia Benite, que já se destacou no papel de Mônica, interpreta Bebel de forma cativante, transmitindo tanto a força da ativista quanto a fragilidade da garota que enfrenta desafios devido às suas limitações. No entanto, a execução do filme deixa a desejar, especialmente nas cenas dramáticas.

O destaque inicial dado à mudança de Bebel para a cidade grande e seus desafios é ofuscado pela falta de fluidez nas transições. O público sente pouco a mudança de rotina da protagonista, que se resume a discursos caricatos e frases de efeito da tia da cidade grande. Personagens como a mãe (Larissa Maciel) e o avô (José Rubens Chachá) entregam performances sólidas, mas acabam sendo esquecidos após o primeiro ato.

O núcleo escolar, focado na rivalidade clichê entre Bebel e Rox (Sofia Cordeiro), a típica patricinha popular, também carece de desenvolvimento. As transições entre as cenas são mal executadas, prejudicando a imersão do espectador na trama. Além disso, uma cena mal desenvolvida envolvendo fake news na escola deixa a desejar em termos de seriedade.

O filme também falha em explorar adequadamente o tema das pessoas com deficiência (PCD), limitando-se a mostrar Bebel mencionando a falta de acessibilidade e uma breve conversa com o professor, também cadeirante. Essa lacuna na abordagem prejudica a profundidade do filme em relação a questões importantes.

Apesar de suas falhas, Chama a Bebel destaca-se ao abordar questões ambientais, muitas delas inspiradas em histórias reais, como os testes de cosméticos em animais, proibidos no Brasil apenas em 2023. Voltado para o público infantil, o filme pode ser uma introdução valiosa para conscientizar as crianças sobre a importância do meio ambiente e da sustentabilidade.

Em suma, Chama a Bebel carrega uma mensagem ambiental importante, mas peca ao tentar abordar diversos temas sem desenvolvê-los adequadamente. Giulia Benite brilha apesar do roteiro frágil, tornando-se um ponto positivo em meio às limitações do filme.

Chama a Bebel estreia amanhã, 11, nos cinemas brasileiros.

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REGULAR

Chama a Bebel carrega uma mensagem ambiental importante, mas peca ao tentar abordar diversos temas sem desenvolvê-los adequadamente. Giulia Benite brilha apesar do roteiro frágil, tornando-se um ponto positivo em meio às limitações do filme.