A Menina Que Matou os Pais - A Confissão | Crítica A Menina Que Matou os Pais - A Confissão | Crítica

A Menina Que Matou os Pais – A Confissão | Crítica

Divulgação/Prime Video

A Menina que Matou os Pais – A Confissão, a mais recente adição à lista de dramas de true crime do Prime Video que investigam o infame Caso Richthofen, não consegue evitar a sensação de que já vimos isso antes. A franquia começou em 2021 com A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais, ambos focados nos depoimentos de Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos sobre o crime que chocou o Brasil em 2002.

Este novo filme, ao contrário de seus predecessores, opta por narrar a investigação que se seguiu aos brutais eventos que marcaram o caso, desde o momento do crime até a prisão de Suzane e dos irmãos Cravinhos.

A Menina Que Matou os Pais - A Confissão | Crítica

No entanto, A Menina que Matou os Pais – A Confissão deixa um gosto de que três filmes eram desnecessários para contar essa história. Logo no primeiro ato, o filme parece descartar tudo o que foi feito anteriormente, revelando a face manipuladora e calculista de Suzane que ela sempre tentou esconder da imprensa. Carla Diaz desempenha com eficácia o papel, transmitindo a inquietante frieza de Suzane e seu poder de manipulação sobre os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, interpretados por Leonardo Bittencourt e Allan Souza Lima, respectivamente.

Uma adição ao elenco é Bárbara Colen, que interpreta a Delegada Helena, encarregada de conduzir toda a investigação do crime. No entanto, a personagem se perde em uma representação caricatural que deixa a desejar.

A Menina que Matou os Pais – A Confissão deixa escapar uma oportunidade valiosa de aprofundar-se na investigação e de explorar com mais detalhes os pontos cruciais do inquérito que desempenharam um papel fundamental na resolução desse crime chocante. Em vez disso, o filme parece optar por uma abordagem excessivamente dramática, com uma overdose de flashes e uma câmera trêmula constantemente focada nos rostos de Suzane, Daniel e Cristian.

Um momento particularmente decepcionante é a “confissão” aludida no título do filme, que é abordada de maneira apressada e superficial. Quem está familiarizado com o caso Richthofen sabe que os investigadores dedicaram tempo e esforço consideráveis para obter uma confissão do trio envolvido. No entanto, o roteiro se apoia em diálogos repletos de frases de efeito, apresentando tudo de maneira excessivamente explícita, o que deixa a desejar no que diz respeito à complexidade da narrativa.

Em suma, A Menina que Matou os Pais – A Confissão não consegue aproveitar ao máximo o potencial desse caso real intrigante, optando por uma abordagem mais superficial e dramática em vez de explorar a investigação minuciosa que envolveu os eventos que chocaram o país em 2002.

Com três longas sobre o assassinato dos Richthofen, talvez seja a hora de reconhecer que essa narrativa não consegue ir além da superfície, falhando em aprofundar o público na complexidade do caso e nas nuances psicológicas dos personagens envolvidos.

2.5

REGULAR

Com três longas sobre o assassinato dos Richthofen, talvez seja a hora de reconhecer que essa narrativa não consegue ir além da superfície, falhando em aprofundar o público na complexidade do caso e nas nuances psicológicas dos personagens envolvidos.