Hellboy - O Clamor das Trevas Hellboy - O Clamor das Trevas

Ler é Bom, Vai | Hellboy – O Clamor das Trevas

Depois de muitas aventuras, Hellboy caminha para o fim de sua vida terrena. O clamor das trevas é a primeira parte da trilogia que compõe a Morte de Hellboy, lançado pela Mythos Editora como um grande calhamaço. Escrita pelo criador do personagem, Mike Mignola, desenhada por Duncan Fegredo e com cores de Dave Stewart.

Com um prólogo no início, descobrimos todos os eventos que trouxeram-no até aqui. Sua origem em Sementes da destruição, a descoberta de sua história na Mão direita da perdição, quando saiu do BPDP em O verme vencedor e sua primeira morte em Paragens exóticas. Hellboy está pronto para encarar seu destino. Ele sabe que é filho de um demônio com uma bruxa, que é o Anung un Rama, a besta do apocalipse.

Enquanto se recupera de sua viagem à Africa, Hellboy passa seu tempo com seu amigo Harry. As bruxas, o convocam para que ele se torne seu rei. Já que ele é filho de um demônio com uma bruxa, seria uma escolha sensata. Ele não aceita. Depois que ele sai, Gruagach sugere outro nome. Alguém que as próprias bruxas traíram e mataram no passado, há muito tempo atrás.

Baba Yaga, ainda vingativa por Hellboy ter roubado seu olho, e incumbe o imortal Koshchei de cumprir sua vingança. Ajudado por espíritos da Rússia, Hellboy consegue resistir por um tempo, mas a batalha é bastante indefinida.

O clamor das trevas abre a saga da Morte de Hellboy. A impressão que fica é que nesse capítulo o Mignola decidiu amarrar muitas pontas soltas, que ficaram para trás, e começar a armar o cenário do que virá. Muita gente que tinha ficado para trás começa a aparecer de novo, como o próprio BPDP. A nova inimiga não aparece, é apenas mencionado que vão despertá-la.

Outro destaque é a arte do Duncan Fegredo. Ele tem um estilo bem bonito de desenhar, as vezes lembra o próprio Mignola, mas com uma arte menos estilizada. Ainda tem cara de Hellboy, mas percebemos que não é a mesma coisa.

Clamor das trevas não é uma obra perfeita. Ela parece ser mais extensa do que precisaria, diferente dos contos que o Mignola escreve, que são sempre curtos e precisos. Ficaram alguns excessos perdidos pela trama, que talvez não precisasse ser dividida em seis capítulos. Ainda assim, vale muito a lida. Principalmente porque é parte de uma grande saga que se inicia.