Five Nights At Freddy’s Five Nights At Freddy’s

Five Nights At Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim I Crítica

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A história de Five Nights at Freddy’s começou com um jogo lançado em 2014, que virou um grande sucesso mundial. Desde então se tornou uma franquia com nove jogos que se passam na Freddy Fazbear’s Pizza. Também ganhou jogos derivados e uma série de livros, além de muitos produtos. Claro, um enorme sucesso como esse não poderia ficar longe dos cinemas também. Agora, Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim, a primeira adaptação para a telona do jogo de terror, acaba de chegar aos cinemas!

Em FNaF, o jogador aceita o emprego de guarda noturno e deve fazer as rondas que aparentemente são bastante tranquilas e consistem em checar as câmeras de segurança, as luzes e as portas. Porém, assustadores personagens animatrônicos que habitam a pizzaria aparecem e o segurança deve se defender e lutar por sua vida. O filme segue a mesma linha.

No longa, Mike Schmidt (Josh Hutcherson) é um jovem adulto que não consegue parar em nenhum trabalho e tem sonhos estranhos sobre o desaparecimento de seu irmão. Após ser mandado embora de seu último emprego como segurança de um shopping, ele vai até Steve Raglan (Matthew Lillard), um conselheiro de carreiras que oferece uma vaga de segurança em uma antiga pizzaria desativada. De cara, ele não aceita o trabalho por ser no turno da noite. Porém, Mike é quem cuida de sua irmã mais nova Abby (Piper Rubio) e precisa de um emprego para não perder a guarda da garota para uma tia de quem eles dois não gostam. Ele resolve então aceitar a vaga de segurança da Freddy Fazbear’s Pizza.

No novo trabalho, ele adormece e sonha com o sequestro de seu irmão Garrett (Lucas Grant), mas quando está no trabalho, o sonho é mais vivido e completo do que quando ele dorme em sua casa. Mike vê também cinco crianças desconhecidas que supostamente testemunharam o sequestro.

Durante um de seus turnos, Mike conhece a policial Vanessa Shelly (Elizabeth Lail), que faz um tour pelo antigo restaurante e o apresenta aos famosos bonecos animatrônicos Freddy Fazbear, Chica, Cupcake, Foxy e Bonnie. Ela também conta que o local fechou na década de 1980 depois que cinco crianças desapareceram de lá e os corpos nunca foram encontrados. Mike dorme novamente e seu sonho se repete, mas dessa vez ele é atacado e acorda fisicamente ferido. Então ele passa a acreditar que o local e as crianças desaparecidas tem alguma ligação com o desaparecimento do seu irmão.

Com o sumiço da baba de Abby, Mike foi obrigado a levar sua irmã com ele para o trabalho em uma das noites. Os animatrônicos fazem amizade com a garotinha, o que deixa Vanessa e Mike bastante preocupados. Após voltarem para casa, Mike percebe que Abby passa a desenhar as crianças desaparecidas e com a ajuda da irmã e da policial, Mike começa a juntar as peças desse quebra cabeça.

Apesar de ser vendido como um filme de terror, Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim peca nesse quesito, talvez por ter sido pensado para um público adolescente – no Brasil a classificação indicativa é de 14 anos. É possível que os mais aficionados aos jogos acabem gostando do filme por levar aquele mundo para a telona, mas certamente acharão o jogo mais assustador.

As poucas cenas de morte do filme são monótonas e censuradas, não trazendo violência explicita ou grandes sustos em praticamente nenhum momento. Também não é um dos filmes que misturam horror e comédia que tem feito tanto sucesso recentemente, pois muito se seu enredo é focado em temas mais dramáticos, como o mistério do desaparecimento das crianças, os relacionamentos entre os personagens principais e principalmente a luta do protagonista com seus demônios. Os animatrônicos que deveriam ser violentos e terríveis acabam ficando em segundo plano e aparentam mais bonecos desgastados do que criaturas assustadoras.

O enredo também é repleto de coisas que não fazem muito sentido. Por exemplo, a policial Vanessa não parece ter nenhuma outra função em sua ronda, exceto ficar vigiando uma pizzaria abandonada, ela tem uma ligação com o local, mas mesmo assim é no mínimo estranho. Os animatrônicos são controlados por fantasmas, mas ao mesmo tempo um humano vivo tem controle dos fantasmas.

O elenco é um ponto positivo, Matthew Lillard trás consigo um clima de nostalgia para os que tem saudades de seus papéis mais memoráveis em franquias como Scooby-Doo e Pânico. Josh Hutcherson conseguiu realmente passar o ar derrotado que Mike pedia e a jovem Piper Rubio é bastante carismática.

Mesmo com todos os problemas que o filme carrega,  Five Nights at Freddy’s pode virar uma franquia nos cinemas e o longa conta com uma mensagem pós créditos que indica que uma continuação vem por aí, já que alguns mistérios ainda ficaram sem respostas.

 

 

 

2

Ruim

Five Nights At Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim não se decide se quer ser um filme de terror, de comédia, um suspense ou um drama e acaba trazendo uma mistura de gêneros levemente confusa e monótona. Os animatrônicos, que deveriam ser as estrelas do longa, acabam ficando em segundo plano e parecem muito mais desgastados do que criaturas realmente más.