Análise: Game of Thrones 6×02 – Home

O segundo episódio da temporada veio exatamente com a fórmula de qualquer outro da série: surpresas seguidas de morte, solução e criação de mistérios. Porém, ontem, a impressão que fica é a de que o 6×02 veio para fazer o público vibrar.

Jon Snow voltou. Porém, antes de comentarmos a sem dúvida parte mais importante do episódio, vamos aos outros acontecimentos.

Depois de temporadas afastado, Bran reaparece junto ao Corvo de 3 Olhos, em mais uma de suas visões do passado. É importante aqui comentar que tais visões serão algo comum para o núcleo do personagem, servindo inclusive de uma forte ponte para eventos que foram fundamentais para o atual destino de Westeros.

Enquanto vemos Sansa descobrindo que sua irmã ainda está viva e decidindo por finalmente viajar até Castle Black, para a proteção do seu irmão por parte de pai, vemos finalmente que os Greyjoy estão começando a ganhar mais importância na temporada.

Balon Greyjoy foi morto por um de seus dois irmãos. Enquanto Osha jura vingança, vemos que um dos sacerdotes no Deus Afogado proclama o Kingsmoot, a cerimônia que decide por votação quem decide sentar no trono de sal e ser o próximo líder dos nascidos de ferro. É a partir daqui, desse encontro, que os Greyjoys recebem uma grande importância, pelo ou menos nos livros.

Bebendo, como sempre, Tyrion indaga a Missandei sobre os outros 2 dragões de Daenarys. Nos livros, Tyrion sempre foi um amante de dragões, devorando praticamente toda a literatura targaryen sobre o assunto.

Aparentemente tendo o mesmo gosto na série, Tyrion comenta que dragões não devem ser presos. Dragões, por sua natureza, crescem por tempo ilimitado enquanto livres, tomando assim tamanhos colossais. Inteligentes, são capazes também de discernir amigos de inimigos. Como prova, Tyrion desce até o calabouço onde estão presos e os liberta de suas correntes, não do cativeiro.

É importante aqui ressaltar que os dragões não terem atacado Tyrion é uma forte dica de como Daenarys pode, um dia, treinar seus filhos, visto que as informações do anão serão a chave para esse desenrolar.

Enquanto o High Sparrow demonstra seu poder diante das ameaças de Jaime, durante o velório de Myrcella, Tommem finalmente conversa com sua mãe e pede ajuda. Aparentemente é dali que os dois finalmente tentarão reverter o poder da fé militante que pouco a pouco vai minando o poder monárquico da fortaleza vermelha.

Roose Bolton foi morto por seu filho Ramsay, o que não é nenhuma surpresa. Não há família quando há poder em jogo e o ex-bastardo sabe perfeitamente isso, não medindo ações para chegar exatamente onde quer. Claro, não sendo suficiente, Ramsay alimenta seus cães de caça com seu irmão recém nascido e sua madrasta, provando que não há nenhum limite para a perversidade, mostrando que Jofrey foi apenas um sonho ruim em comparação.

Finalmente, a Muralha. No último segundo, Edd Doloroso volta com os selvagens que devem suas vidas a Jon. Por breves momentos de tensão, A parte da patrulha que assassinou o ex Comandante se rende não só a Thormund, mas ao gigante que o acompanhava.

Os traidores agora presos, caberia apenas a Jon seu velório. Mas quando Davos entrega um poderoso discurso a Feiticeira Vermelha, visivelmente desiludida com sua fé, Melissandre tenta dar mais outra chance a seu poder. Sem o famoso Beijo de Fogo do livro, feitiço que ressuscita os mortos pelo poder do Deus Vermelho, Jon abre seus olhos nos últimos segundos.

Jon voltará mudado? O que sua volta representa? Segundo uma forte teoria, Jon é exatamente o messias da mitologia do Deus Vermelho, o famo Azor Ahai. Inclusive, Melissandre via em Stannis o tal Messias e por isso sua morte foi tão marcante para a feiticeira. Com Jon vivo, com certeza sua fé retornará.

Sendo Jon Azor Ahai ou não, seu protagonismo aqui apenas cresceu. Seu papel na guerra contra os mortos é agora, sem sombra de dúvida, um dos mais importantes.