Crítica | O Caçador e a Rainha do Gelo é um filme totalmente desnecessário

Após a crítica negativa que Branca de Neve e o Caçador obteve na mídia, não era de se esperar que existisse uma sequência. Existe. Com toda a repercussão ruim do primeiro filme, era de esperar que o segundo fosse melhor. Não é.

O Caçador e A Rainha do Gelo surpreende, em primeiro lugar, pelo nome. Todo o propósito da suposta saga era narrar uma nova versão do já conhecido conto da Branca de Neve. Após a polêmica envolvendo Kristen Stewart (Branca de Neve) e o diretor (casado) do filme, Rupert Sanders, a atriz não voltou para a sequência e o nome do filme teve de ser mudado. Já começou mal.

Assim como no primeiro, a história gira em torno da Rainha Ravenna (Charlize Theron) e seu desejo por ser a mais bela. Tudo ia bem até o dia em que sua irmã Freya – mesmo nome da deusa do amor na mitologia nórdica, a ironia foi bem pensada- (Emily Blunt),deu à luz uma menina destinada a ser mais bonita. Ravenna então, mata cruelmente a criança e atribui a morte ao pai do bebê. Com a traição e perda, Freya se isola do reino e se transforma em uma pessoa fria e deprimida.

Em seu novo reino, a Rainha do Gelo (devido a seu poder de congelar pessoas) cria um exército de caçadores, dentre eles os jovens Eric (Chris Hemsworth) e Sara (Jessica Chastain), que acabam quebrando a única regra do reino : se apaixonar.  Após a morte de Ravenna pelas mãos da Branca de Neve, Freya decide buscar o antigo espelho mágico e amaldiçoado da irmã, mas descobre que Ravenna pode ser ressuscitada. As duas irmãs então, ameaçam tomar todos os reinos com seus poderes reunidos.

O longa se passa antes e depois do primeiro filme, revelando a história de como Eric se tornou o caçador e “perdeu” sua esposa Sara
(o que é mencionado na primeira parte). Outra ligação é a breve aparição de William (Sam Claffin) anos após a queda de Ravenna. A saída escolhida para uma não aparição de Branca de Neve é a pior possível e tira não só a imagem infantil que temos da personagem, como também o “felizes para sempre”.

Uma vez que a ideia inicial do filme, por “motivos pessoais” não pode aparecer na sequência, não havia necessidade da mesma existir. A história funcionou como uma espécie de spin-off da primeira trama e assim como ela, não surpreendeu, mas também não decepcionou. O cenário, a fotografia e os gráficos são muito bons, mas desperdiçados com mais uma história blasé. Com quase 2 horas de duração, a produção é longa demais para o que tem a oferecer e por ter um final completamente previsível, não prende a atenção do público.

Em resumo, O Caçador e A Rainha do Gelo conseguiu a mesma imagem que seu antecessor, monótono e sem muitas surpresas. Espero que não insistam em um próximo filme, já que a existência do atual já é desnecessária.

Com direção de Cedric Nicolas-Troyan, assumindo no lugar de Frank Darabont, produção de Joe Roth (de “Malévola” e “Alice no País das Maravilhas) e roteiro de Evan Spiliotopoulos (de “Hércules” e “A Bela e a Fera”) e Craig Mazin (de “Se Beber Não Case II e III”), O Caçador e A Rainha do Gelo chega aos cinemas no dia 21 de abril.

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Resumo

O Caçador e A Rainha do Gelo conseguiu a mesma imagem que seu antecessor, monótono e sem muitas surpresas. O cenário, a fotografia e os gráficos são muito bons, mas desperdiçados com mais uma história blasé. Com quase 2 horas de duração, a produção é longa demais para o que tem a oferecer e por ter um final completamente previsível, não prende a atenção do público.

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