Carga Explosiva – O Legado | Uma tentativa frustrada de continuar a franquia

Iniciada no início dos anos 2000, Carga Explosiva estabeleceu o britânico Jason Statham como astro de ação, rendendo três bons filmes produzidos por Luc Besson. Visando continuar a trajetória do transportador Frank Martin, uma série de TV foi produzida e o resultado foi frustrante.

De volta ao cinema, Carga Explosiva – O Legado, quarto filme da série, sofre deveras com a ausência de Jason Statham, que recusou retornar ao papel. Em seu lugar, entra Ed Skrein (da série Game of Thrones), que não decepciona e faz uma interpretação honesta.

O grande problema está no roteiro bagunçado e confuso em estabelecer uma cronologia correta para o filme. Situado em 2010, a trama apresenta Frank novamente com seu emprego de transportador de mercadorias (sem nunca saber do conteúdo que carrega). Ao receber a ligação da misteriosa Anna (Loan Chabanol) para um serviço, ele descobre que seu pai (Ray Stevenson) está sendo mantido refém por Anna e mais duas mulheres, e somente realizando a missão imposta poderá salvar seu pai.

Dirigido por Camille Delamarre, o cineasta aposta em sequências estrondosas de ação e lutas coreografadas de forma eficaz. É basicamente tudo que já vimos nos longas anteriores, porém sem a mesma energia de outrora. Por outro lado, o cineasta faz bom uso do belíssimo cenário da Riviera Francesa.

Skrein emprega mais classe no papel de Frank Martin, fazendo um estilo James Bond. O ator possui um certo carisma e desempenha uma versão mais jovem de Statham. Contudo, o que fica ao final do longa é que o ator só foi aproveitado para realizar com competência as cenas de ação, quando poderia oferecer muito mais.

Por fim, Carga Explosiva – O Legado é uma continuação sem personalidade, que apresenta apenas lampejos do que foi a trilogia original.

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Resumo

Por fim, Carga Explosiva – O Legado é uma continuação sem personalidade, que apresenta apenas lampejos do que foi a trilogia original.