The Last of Us - Primeira temporada | Crítica The Last of Us - Primeira temporada | Crítica

The Last of Us – Primeira temporada | Crítica

Divulgação/HBO

A série The Last of Us, produzida pela HBO Max, é uma das adaptações mais esperadas dos últimos tempos, especialmente pelos fãs do jogo. E, nesse aspecto, a produção não decepciona. A parceria entre Craig Mazin (Chernobyl) e Neil Druckmann (criador do jogo) resultou em uma adaptação fiel ao material original, que não perde o tom sombrio e emocionante do jogo.

The Last of Us - Primeira temporada | Crítica

Mas o que realmente impressiona em The Last of Us é a maneira como a série expande a história, trazendo novos elementos e aprofundando a psicologia dos personagens. A série vai além do que foi apresentado no jogo, dando espaço para explorar o passado e as motivações dos personagens de forma mais ampla. Isso faz com que a série seja mais do que apenas uma adaptação, mas uma obra completa em si mesma.

A primeira temporada de The Last of Us tem sido objeto de críticas mistas desde o seu lançamento. Embora alguns fãs estejam satisfeitos com a adaptação da história, outros têm expressado sua insatisfação com a falta de ação e foco excessivo nas relações humanas. Ao longo dos nove episódios, o programa esteve mais interessado em explorar o relacionamento entre os personagens, especialmente Joel e Ellie, do que na ameaça dos infectados. Esta abordagem narrativa pode não agradar aos fãs do jogo, que esperavam mais ação e emoção.

No entanto, é importante destacar que desde o primeiro episódio ficou claro que a série se concentraria nas relações humanas. É uma escolha ousada, mas talvez não seja tão eficaz quanto o jogo, onde a ação e a sobrevivência eram os principais componentes. É o caso do terceiro episódio, um dos melhores da temporada, que foca no relacionamento entre Billy e Frank, vividos de forma brilhante por Nick Offerman (Parks & Recreation) e Murray Bartlett (The White Lotus). Foi o recado de Craig Mazin que The Last of Us exploraria passagens jamais vistas no game.

Pedro Pascal e Bella Ramsey superaram as expectativas e entregaram interpretações emocionantes e autênticas como Joel e Ellie. Ambos conseguiram transmitir a força e a sensibilidade que a narrativa exige, fazendo jus à personalidade dos personagens vistos no jogo. É inegável que as performances de Pascal e Ramsey merecem ser reconhecidas em premiações como o Emmy Awards. Ambos mostraram habilidade em lidar com as nuances e complexidades de seus personagens, criando uma conexão emocional com o público, tal qual acontece no game.

A trilha sonora do premiado Gustavo Santaolalla (o mesmo responsável pelo game) recria o estilo minimalista e emotivo, que se encaixa perfeitamente no clima de suspense e tensão da série. A série demonstrou um cuidado especial ao homenagear os nomes envolvidos no jogo original, ao trazer para o elenco atores como Troy Baker e Ashley Johnson, que deram vida aos personagens Joel e Ellie no jogo. Outro retorno bem-vindo é Merle Dandridge, que reprisa papel de Marlene na série.

O ritmo da primeira temporada foi um grande problema, com os últimos episódios apressados ​​e sobrecarregados com a tarefa de cobrir todo o arco do primeiro jogo, além de um episódio todo dedicado a DLC The Left Behind, que focou no passado de Ellie. Isso acabou prejudicando a narrativa e apressando algumas decisões. Por fim, 9 episódios acabou sendo pouco para a série.

No geral, a primeira temporada de The Last of Us é uma adaptação incrível que expande e aprofunda a história do jogo original, criando uma obra completa e envolvente. Com uma produção de alta qualidade e atuações impecáveis, a série é uma experiência emocionante e intensa.

4

ÓTIMO

No geral, a primeira temporada de The Last of Us é uma adaptação incrível que expande e aprofunda a história do jogo original, criando uma obra completa e envolvente. Com uma produção de alta qualidade e atuações impecáveis, a série é uma experiência emocionante e intensa.