La Casa de Papel: Parte 5 - Volume 2 | Crítica La Casa de Papel: Parte 5 - Volume 2 | Crítica

La Casa de Papel: Parte 5 – Volume 2 | Crítica

Divulgação/Netflix

La Casa de Papel chega ao fim de sua jornada na Netflix com os cinco episódios finais que surpreendem o público com mais reviravoltas e, reiterando que o tema família sempre esteve circulando na narrativa da série.

La Casa de Papel: Parte 5 - Volume 2 | Crítica
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Precisando colocar todos os pontos nos is, a série inicia após a trágica morte de Tóquio (Úrsula Corberó). Enquanto o grupo ainda tenta juntar os cacos, existe um inimigo à espreita no Banco da Espanha, ferido, mas tão perigoso quanto. Mas ainda existe muito o que fazer. A gangue precisa retirar o ouro sem que ninguém perceba. Para piorar as coisas, o Professor (Álvaro Morte) precisar lidar com Sierra (Najwa Nimri).

A parte 5 justifica tudo que foi mostrado na terceira e quarta parte, quando o passado de Berlim é explorado e sua relação com o irmão e a misteriosa Tatiana. Nada ali foi mostrado por acaso, com o volume 2 revelando que existia um assalto dentro de outro assalto.

Sierra novamente foi o grande nome da quinta temporada de La Casa de Papel. Ela surgiu como a “vilã” por seu jeito debochado de lidar com os assaltantes, além de ser a primeira pessoa que tirou o Professor da zona de conforto. Contudo, ela descobre ser apenas um peão dentro de um sistema, por muitas vezes machista, que não titubeia em descarta-la. Seu ponto de virada é justificável, mas interessante como o roteiro trabalha para que ela não se torne mais um do bando. Afinal, ela não foge de alguns princípios básicos que a moldaram durante a série.

O volume 2 reserva muitos momentos que apontam para a nostalgia. Como o importante diálogo entre Tóquio e Professor em uma bonita cena de flashback. Naquele momento de intimidade, Tóquio define a personalidade do Professor e aponta para algo que sempre foi importante para toda a série. A fé. Ninguém estaria fazendo parte daquela gangue se não tivesse fé no plano e no companheiro ao lado. Em outro momento Lisboa define Professor como um super-herói, já que ele demonstra ter um alter-ego, que o ajuda a esconder sua verdadeira face.

Álvaro Morte entrega mais uma grande performance como Professor. Um personagem que poderia se tornar um grande clichê, mas o roteiro sempre tomou o cuidado de construir sua história ao longo das 5 temporadas, e explorar o seu passado. Família sempre foi algo muito importante para ele, e o plano foi elaborado com o objetivo da participação de pessoas próximas a ele. O Professor foi apenas a grande mente. Mas nunca foi somente sobre ele o plano de assalto.

E claro, a série não poderia se despedir sem “Bella Ciao”, que ganha uma ótima versão de samba. A cena parece desnecessária, mas representa muito para aqueles personagens.

É notório que La Casa de Papel se estendeu mais do que deveria. Mesmo assim, a quinta e última temporada entrega um final que aquece o coração dos fãs pelo carinho que reservou para esses personagens, além de uma história que sempre foi mais do que um assalto. Foi sobre princípios, fé e família.

https://www.youtube.com/watch?v=qyp9onJQv6w

4

ÓTIMO

É notório que La Casa de Papel se estendeu mais do que deveria. Mesmo assim, a quinta e última temporada entrega um final que aquece o coração dos fãs pelo carinho que reservou para esses personagens, além de uma história que sempre foi mais do que um assalto. Foi sobre princípios, fé e família.