Capa de Venom 2, por Donny Cates e Ryan Stegman Capa de Venom 2, por Donny Cates e Ryan Stegman

Ler é Bom, Vai | Venom 2, por Donny Cates e Ryan Stegman

A segunda edição da revista mensal do Venom, escrita por Donny Cates e desenhada por Ryan Stegman chega colocando o pé na porta. Começa já no meio de uma luta entre Venom e o Homem-Aranha Miles Morales, enquanto Grendel, um simbionte dragão gigante, destrói Nova York.

Enquanto a primeira edição de Venom foi mais focada na ação descontrolada e alguns mistérios lançados, nesta edição o foco vai para, além da ação, que tem bastante, nas explicações. Donny Cates (Thanos, Motoqueiro Fantasma Cósmico) já se notabilizou por criar HQs cheias de ideias inovadoras para os personagens. Sua parceria com Ryan Stegman (Superior Homem-Aranha, X-23) casou muito bem, porque ambos recuperaram aquele estilo característico dos anos 1990, mas com mais conteúdo.

Por incrível que pareça, essa segunda edição de Venom  – que reúne as edições 3 e 4 americanas – a história começa a fazer sentido. Durante a luta contra Grendel descobrimos que este está sendo controlado a distância por Knull, deus dos simbiontes.

É Knull que vai contar mais informações sobre os simbiontes, sua criação e passado. Ele era o deus do abismo, do silêncio e da escuridão, e os forjou como espada. Com o tempo ele se tornou sua mente central, comandando-os por todo o universo. Uma luta contra Thor, porém, rompeu essa conexão. Eles ganharam consciência e começaram a se mesclar com outros seres vivos, para ganharem força de ambos.

É aí que Knull explica a verdade sobre os simbiontes, sobre ele mesmo e sobre o planeta Klynthar. Donny Cates pega elementos que já haviam sido usados e explicados em antigas HQs do Venom, desde sua origem, e os torna algo completamente novo. Coisas que vão ao encontro dos elementos que Jason Aaron inseriu em seu Thor, em que Knull participa, e faz tudo fazer sentido.

Foram a partir dessas edições que o público norte-americano começou a fazer piada sobre essa fase do personagem. Começou com a declaração que:

“O Venom do Donny Cates é melhor que Watchmen!”

Isso surgiu porque é possível ver a inspiração que Donny Cates tirou do material de Alan Moore, especialmente de seu Monstro do Pântano. É possível até brincar que essa edição de Venom é o “A lição de anatomia” do personagem, mudando todo o conceito vigente até então.

Venom 2, por Donny Cates e Ryan Stegman é um quadrinho de super-heróis cheio de inovação e boas ideias e bastante ação. É recomendável para todos que gostam do gênero.