Missão: Impossível - O Acerto Final Missão: Impossível - O Acerto Final

Missão: Impossível – O Acerto Final | Crítica

Divulgação / Paramount Pictures / Skydance

Em Missão: Impossível – O Acerto Final, o astro Tom Cruise interpreta pela oitava vez o espião infinitamente engenhoso Ethan Hunt. O que está sendo vendido como o último filme da franquia (mas nunca se sabe…), tem uma trama que começa dois meses depois do que vimos em Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte Um. Agora, Ethan luta mais uma vez contra os adversários que ele enfrentou na aventura anterior. O primeiro é o sistema de inteligência artificial chamado Entidade e o outro é um vilão misterioso, conhecido apenas como Gabriel (Esai Morales), que gostaria de manipular a Entidade para seus próprios propósitos.

Com a Entidade rapidamente assumindo o controle dos vários arsenais nucleares do mundo e tendo como objetivo final exterminar a humanidade e começar do zero, deter essa ameaça se torna algo extremamente urgente. Então, Ethan e seus parceiros mais próximos, Luther Stickell (Ving Rhames) e Benji Dunn (Simon Pegg), com grande conhecimento de tecnologia, entram em ação rapidamente. Para salvar a humanidade, será preciso usar a chave cruciforme de baixa tecnologia que já conhecemos no último filme para recuperar o dispositivo Podkova, que está a bordo de um submarino russo naufragado, o Sevastopol, em algum lugar no fundo do mar. Depois, o aparato construído pela equipe de Hunt deve ser inserido no dispositivo e isso formará uma espécie de vírus que destruirá a Entidade.

Além de Luther e Benji, auxiliando Ethan também está Grace (Hayley Atwell), a batedora de carteiras experiente por quem ele se apaixonou no filme anterior. E claro, também tem os novos recrutas Paris (Pom Klementieff) e Degas (Greg Tarzan Davis) na jogada. A ex-funcionária da CIA que virou presidente, Erika Sloane (Angela Bassett), também oferece seu apoio ao frequentemente insubordinado Ethan, mas compreensivelmente, de forma hesitante.

A perseguição obstinada e a ação ficam mais evidentes no longa comandado pelo diretor e corroteirista Christopher McQuarrie do que as reviravoltas inteligentes que já vimos na franquia. Enquanto os filmes anteriores pareciam suspenses de espionagem um pouco mais realistas e concisos, este é um roteiro em grande escala. O desenrolar dos acontecimentos, embora incessantemente enérgico, carece, em grande parte, do tipo de surpresas espirituosas apresentadas nos capítulos anteriores.

Ainda assim, o fã da franquia quer mesmo é ficar impressionado com as loucuras que Tom Cruise faz na tela e Missão: Impossível – O Acerto Final oferece duas sequências verdadeiramente inesquecíveis. Uma delas se passa em um submarino há muito desativado no fundo do mar, onde um ser humano normal não conseguiria chegar, mas Ethan é Ethan… A outra envolve dois biplanos clássicos voando sobre paisagens exuberantes da África do Sul e o astro da franquia pendurado neles.

Aos 62 anos, Cruise continua sendo, sem dúvida, um dos atores mais dedicado do cinema para as grandes massas em Hollywood. Ele segue comprometido em continuar sendo um grande astro, que não tem medo de ousar e criar filmes de ação que fazem a ida ao cinema valer a pena. Talvez seu ego seja um pouco grande e suas ideias megalomaníacas, mas assim como seu personagem, ele nos passa essa ideia de que é o único que pode fazer o que faz, Cruise é o cara quando se trata de realizar acrobacias complexas que poucos outros atores tentariam. E não se trata apenas de sua disposição para se amarrar a todos os meios de transporte de alta velocidade para nossa diversão, já que ele também manda bem no quesito atuação e Ethan Hunt nunca é frio demais para parecer inseguro ou vulnerável, tornando esse lado sobre-humano mais fácil do público aceitar. Ele escolhe aceitar a missão e a cumpre com maestria!

Talvez toda a ação e o carisma do protagonista compensem o vilão de carne e osso do filme, Gabriel (Esai Morales), que parece estar lá porque Ethan precisa de alguém para perseguir. Provavelmente, seria muito mais proveitoso ver Ethan lidando com um vilão à sua altura, mas não é o caso. Assim como a Entidade, que nunca se torna um adversário emocionalmente convincente, apesar da ameaça que ela representa ser terrível e relevante, além de ser uma metáfora relevante para o que está acontecendo no mundo, com a inteligência artificial ganhando cada vez mais força e defensores.

Os filmes da franquia Missão: Impossível, mesmo quando não acertam em cheio em termos de roteiro, continuam sendo algumas das experiências cinematográficas mais agradáveis. Com um número surpreendentemente alto de referências aos primeiros filmes, esse último capítulo nunca pretende ser nada além de uma homenagem sentimental ao que foi feito antes. Ethan precisa enfrentar os erros que ele cometeu no passado, ao mesmo tempo em que consegue elevar ainda mais a ação e só por isso já vale a pena

Missão: Impossível – O Acerto Final chega aos cinemas em 22 de maio, com distribuição da Paramount Pictures Brasil, com sessões de pré-estreia disponíveis a partir de 17 de maio.

3.5

Summary

Tom Cruise mostra mais uma vez que é um grande astro da ação em Missão: Impossível – O Acerto Final. A trama mantém mais ou menos a mesma fórmula dos filmes anteriores, em que a única salvação é o trabalho bem feito de Ethan Hunt e com isso, o entretenimento está garantido.