Halloween Ends Halloween Ends

Halloween Ends | Crítica

Divulgação / Universal Pictures

Quatro anos após o massacre em Haddonfield, Michael Myers e Laurie Strode se encontram para o embate final. Halloween Ends marca o final da franquia/reboot iniciada em 2018 dirigida por David Gordon Green e produzida pela Blumhouse Productions.

Halloween Ends
Divulgação / Universal Pictures

Em Halloween Ends seguimos a história de Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) e sua neta Allyson Nelson (Andi Matichak) que, quatro anos após os acontecimentos do segundo filme, tentam seguir suas vidas deixando de lado o medo de um possível retorno de Michael Myers.

O capítulo final da franquia é, sem sombra de dúvidas, o mais difícil de descrever e certamente será o que mais dividirá opiniões. Por um lado, temos uma ruptura com as “regras” da franquia halloween, aqui o roteiro de Paul Brad Logan aposta no novo e apresenta novos personagens e brinca com outros gêneros cinematográficos além dos slashers.

Do outro lado, temos o último capítulo de uma das franquias mais adoradas do cinema que conquistou e ainda conquista uma legião de fãs apaixonados desde seu lançamento em 1978. Que, apesar das inúmeras sequencias e reinicializações ainda contava como uma essência própria e possuía características presentes em todos seus filmes.

Mudanças não são ruins, ambos os filmes antecessores apostaram nelas. No entanto, as rupturas propostas por Halloween Ends poderiam ser bem recebidas em um filme anterior, visto que o capítulo final foi divulgado como sendo o combate intenso entre Laurie Strode e Michael Myers, algo que não acontece nesse filme. Pelo menos não em sua maior parte, porém maiores comentários sobre essas mudanças podem estragar a experiencia do espectador.

Halloween Ends é uma experiência ambígua, os maiores fãs da franquia de terror certamente vão se decepcionar com a maior parte do filme. Mas quem for aos cinemas procurando por um entretenimento e um bom susto pode se divertir, apesar dos espectadores precisarem relevar muitas escolhas do roteiro o filme proporciona cenas de morte intensas.

Apesar do desenvolvido não agradar, o terceiro ato tem um grande avanço e surpreende. A tensão e sensação de estranheza construída ao longo do filme é o que transforma o combate final entre Laurie e Myers em uma sequência de cenas angustiantes e incertas, sem saber qual dos dois saíra vitorioso desse último encontro.

Filmado para as telas IMAX, Halloween Ends tem sequencias de assassinatos interessantes e extremamente violentas. Além de utilizar de movimentos de câmera, enquadramentos e elementos cenográficos que fazem referências ao Halloween – O Terror Continua lançado em 1978.

Jamie Lee Curtis continua sendo o ponto alto da franquia, a rainha do grito consegue mostrar uma imprecisão em sua personagem, no sentindo de que apesar de estar seguindo sua vida como uma “pessoa normal” e não apenas como uma vítima esperando por uma nova ameaça, ela ainda demonstra o medo desse encontro com pequenos gestos, como uma bomba prestes a estourar.

Com grandes sequencias de mortes violentas e viscerais e com uma grande ruptura do que se é esperado de um filme da franquia, Halloween Ends é um filme que vai dividir muitas opiniões. Podendo ser caracterizado como um filme agridoce, o longa vai divertir pessoas que vão aos cinemas apenas para assistir um filme de terror e levar alguns sustos, enquanto vai decepcionar os maiores fãs da franquia que esperaram ansiosamente para o capítulo final.

3

BOM

Com grandes sequencias de mortes violentas e viscerais e com uma grande ruptura do que se é esperado de um filme da franquia, Halloween Ends é um filme que vai dividir muitas opiniões.