Crítica | Maze Runner: A Cura Mortal entrega um final à altura da trilogia

Mais uma trilogia chega ao fim. A medida em que avançamos no tempo, vamos nos despedindo de nossas séries e sagas favoritas. No próximo dia 25, Maze Runner encontrará seu destino e desfecho nas telas de cinema. O terceiro capítulo, iniciado em Correr ou Morrer, oferece aquilo que seus fãs mais gostam: ação, suspense e aventura. Trazendo de volta seus protagonistas e adicionando novos rostos, o enredo segue a fórmula de seus antecessores. Apesar de não termos nada novo no estilo da trama, A Cura Mortal consegue surpreender. Quando analisamos o filme por aquilo que ele deve ser, estamos diante de algo muito bom!

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O Filme

A Cura Mortal continua do exato ponto em que Prova de Fogo nos deixou. Thomas (Dylan O’Brien) está a procura de Minho (Ki Hong Lee), que foi capturado pela C.R.U.E.L. Ao lado de Newt (Thomas Brodie-Sangster), Brenda (Rosa Salazar), Caçarola (Dexter Darden) e Jorge (Giancarlo Esposito), ele está disposto a evitar que o sangue do amigo seja usado. A possibilidade de encontrar a cura para o Fulgor os motiva a ir direto para o centro de tudo. A pequena possibilidade de encontrar Teresa (Kaya Scodelario) novamente faz com que Thomas não pense duas vezes em suas ações

Logo nos primeiros dez minutos temos uma pequena noção do que nos aguarda pela frente. Uma cena no maior estilo 007 abre as portas para as aventuras do grupo – e também para os problemas. Com direito a um contêiner sendo içado por um helicóptero e atiradores míopes, tudo corrobora para o gran finale do momento. Situações parecidas se repetem ao longo de todo o filme. Desde perseguições frenéticas, fugas milagrosas e diversas explosões, o grupo consegue enfim chegar ao covil da C.R.U.E.L. É então que Thomas descobre algo muito maior por trás de tudo. Os planos de Ava Paige (Patricia Clarkson) são ainda piores do que imaginávamos. Fazer jovens de cobaias é apenas o primeiro passo para chegar a seu objetivo. Não precisávamos de mais exemplos, mas podemos concluir que, definitivamente, C.R.U.E.L. não é bom.

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O Elenco

Diferente do que vimos nos filmes anteriores, o capítulo final conta com um nível alto de dramaticidade. Enquanto a caçada por Minho e por respostas se desenvolve, os personagens se concentram em seus problemas pessoais. O relacionamento entre Thomas e Teresa toma proporções dignas de um típico drama romântico. O lado dramático dá chance para que outros personagens ganhem seu devido destaque, como Newt. Sempre nas sombras do melhor amigo, ele finalmente consegue mostrar a que veio.

Em relação ao elenco feminino, ambas as meninas não se sobressaem muito. Brenda tem sua chance de brilhar, mas o roteiro não lhe dá espaço. Teresa, por sua vez, funciona nas cenas em que está ao lado de Thomas. O’Brien nos dá mais uma prova de seu enorme talento. Carregar uma franquia nas costas não é fácil, principalmente quando a mesma se baseia praticamente em um personagem.

O ponto negativo do elenco está no “time do mal”. Nos últimos momentos temos a revelação do real vilão, mas o problema é rapidamente resolvido. Uma vez que a imagem de Ava como a responsável por tudo é trabalhada desde o começo, mudar e resolver tudo em cinco minutos ficou extremamente vago. Nem mesmo Janson (Aidan Gillen), com todo seu espírito enigmático que lhe rendeu o apelido de Homem-Rato, consegue convencer-nos. Não há dúvidas de que o elenco jovem é a grande atração da trilogia, mas quem não gosta de um ótimo vilão?

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O Que Achamos?

Os filmes de Maze Runner foram produzidos para um público específico e a produção de ficção adolescente conseguiu, desde o princípio, cumprir seu propósito. Recheado de cenas de ação e mistério, A Cura Mortal procura resolver os enigmas estabelecidos nos dois primeiros. Algumas perguntas ganham suas respostas, mas não há como negar que a maioria ficou sem solução. Tal característica, porém, não é exclusiva da adaptação. O autor James Dashner também não se preocupou em esclarecer 100& de suas incógnitas. Quando novas indagações são criadas no último capítulo da história, deixa em aberto o que poderia ter sido uma ótima conclusão.

O terceiro filme proporciona um final digno para a série. Recheado de ação e revelações surpreendentes, a produção irá agradar – e muito – os fãs. O diretor Wes Ball soube desenvolver a história e direciona-la para que acabasse da melhor maneira possível, apesar das lacunas na trama. Pode parecer que 2 horas e 22 minutos é muito tempo, mas uma vez entretido com o filme, você irá torcer para que não acabe. A Cura Mortal era era o melhor desfecho que a trilogia Maze Runner poderia ter.

  • Muito Bom
4

Resumo

Maze Runner: A Cura Mortal entrega o final digno que a trilogia merece. Apesar de preencher muitas lacunas, a maior parte das perguntas fica sem resposta e novas são criadas. Entretanto, quando julgada como a produção que é, temos algo surpreendente. Recheado de ação, mistérios e cenas frenéticas, o longa traz de volta a fórmula de seus anteriores e certamente deixará seus fãs saudosos.

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