Alita: Anjo de Combate Alita: Anjo de Combate

Crítica | Alita: Anjo de Combate é espetáculo visual com roteiro fraco

Divulgação

James Cameron comprou os direitos para adaptar o mangá Alita: Anjo de Combate (também conhecido como Gunnm) de Yukito Kishira para os cinemas cerca de duas décadas atrás, mais ou menos na mesma época em que foi lançado seu trabalho mais conhecido, Titanic. Apesar de ter trabalhado no roteiro e na produção do filme por muitos anos, Cameron passou a direção para as mãos de Robert Rodriguez (Sin City: A Cidade do Pecado), pois estava priorizando as sequencias para Avatar.

Alita: Anjo de Combate se passa muitos anos no futuro, em um mundo pós-apocalíptico, no qual a sociedade está dividida entre o povo todo misturado de Iron City e os abastados da cidade flutuante de Zalem. Um dia, entre os escombros que são jogados em Iron City, o Doutor Dyson Ido (Christoph Waltz) encontra partes de um ciborgue e leva até seu consultório, onde ele conserta ciborgues e humanos que perderam seus membros e os substituíram por maquinas. Ele reconstrói o que encontrou e então revive quem ele chama de Alita (Rosa Salazar), já que ela não se lembra de seu próprio nome ou de quem é.

Em suas primeiras saídas por Iron City, Alita conhece Hugo (Keean Johnson), um adolescente humano pelo qual ela tem uma quedinha. Ela também descobre um esporte chamado Motorball e que ser um campeão na competição é a única forma de ascender até Zalem. Além disso, ao ser ameaçada, seu instinto de guerreira surge e Alita descobre que é treinada numa antiga arte marcial chamada Panzer Kurst.

O relacionamento de Alita com Hugo apresenta uma grande parte da história, gerando alguns momentos com muito drama adolescente. O Mortorball também tem grande importância na jornada de Alita. Outros plots também incluem as batalhas e rixas de Alita com o monstruoso ciborgue assassino Grewishka (Jackie Earle Haley), com o vilão Nova (um ator famoso revelado no final do filme – não vamos dar spoiler), com o encarregado de Nova em Iron City, Vector (Mahershala Ali) e também com o caçador de recompensas Zapan (Ed Skrein).

Alita: Anjo de Combate segue os passos de Avatar e é impressionante no quesito tecnológico, com efeitos muito bem realizados, que faz com que a personagem de olhos gigantescos de mangá pareça real – apesar de causa certo estranhamento em suas primeiras cenas. Conseguiram capturar todas as emoções de Salazar e transferir para o rosto de Alita. As sequencias de ação também merecem destaque, pois são grandiosas e divertidas.

Mas, apesar de ter boas cenas de ação e efeitos, Alita: Anjo de Combate peca por ter um roteiro que não empolga. A história no geral é sobre Alita descobrir seu passado e quem ela é, mas para isso são lançados muitos desafios e subtramas que não agregam em muita coisa e acabam se tornando esquecíveis. Sem contar a enxurrada de frases melosas e diálogos bobos. Se o roteiro tivesse sido feito da mesma forma que a parte tecnológica, Alita: Anjo de Combate poderia ter sido um ótimo filme.

Alita: Anjo de Combate já está em cartaz nos cinemas brasileiros.

3

Bom

Apesar de ter muitas subtramas que não agregam e alguns diálogos bastante bobos, Alita: Anjo de Combate é muito bem realizado tecnicamente e serve como um bom entretenimento.