Rua do Medo: 1978 - Parte 2 | Crítica | Rua do Medo: 1978 - Parte 2 | Crítica |

Rua do Medo: 1978 – Parte 2 | Crítica |

Divulgação/Netflix

Rua do Medo: 1978 – Parte 2, segundo filme da trilogia da Netflix inspirada na obra de R.L. Stine, tem a difícil missão de manter o nível do primeiro, que apesar de dividir opiniões, foi uma boa adição no catálogo do serviço de streaming, entregando um terror adolescente que há muito tempo não despertava uma certa curiosidade.

Rua do Medo: 1978 - Parte 2 | Crítica |
Divulgação/Netflix

Novamente comandado por Leigh Janiak, a diretora soube conduzir muito bem um filme de terror, equilibrando os momentos de tributo e o foco da história principal. Enquanto em Rua do Medo: 1994 – Parte 1, ela atribui muitas referências à franquia Pânico, a Parte 2 é uma homenagem ao clássico gênero slasher dos anos 80, de filmes como Sexta-Feira 13.

Rua do Medo: 1978 – Parte 2 não cai na armadilha de muitas sequências de terror ao repetir o que deu certo, ficando em uma zona de conforto. Vendo esse filme, é fácil notar a estratégia da Netflix de emular aqueles especiais de terror na TV, que preparava o público para a próxima parte. Lembrou muito a minissérie de It – A Coisa dos anos 90.

Na trama do segundo filme, Deena (Kiana Madeira), Sam (Olivia Scott Welch) e Josh (Benjamin Flores Jr.) encontram Cindy Berman (Gillian Jacobs), que conta detalhes sobre o massacre que aconteceu em 1978 no acampamento Nightwing, em Shadyside, a cidade atormentada pela bruxa Sarah Fier. Sua experiência traumática no acampamento pode ter as respostas para o trio de jovens quebrarem a maldição da bruxa. O público é transportado para a década de 70, com a jovem Cindy Berman (Emily Rudd) e sua irmã Ziggy (Sadie Sink) lidando com problemas pessoais, que se tornam pequenos diante da série de assassinatos que começam a surgir.

Leigh Janiak tem mais uma direção segura. Ela equilibra o tema principal, a maldição da bruxa, mas também traz discussões como o bullying, sexo e drogas. Como existe a derradeira Parte 3, não há uma certa evolução na história, só de pequenos detalhes sobre a bruxa Sarah Frier.

Sendo assim, ela aproveita muito bem o cenário do acampamento Nightwing, em Shadyside, entregando um bom slasher. Em relação a Parte 1, é um filme muito mais violento e sangrento. E os clichês de filmes do gênero estão presentes: jovens usando drogas e casais assassinados durante o sexo.

O elenco juvenil é uma agradável surpresa com destaque para Sadie Sink, conhecida pela série Stranger Things. Ao lado de Emily Rudd, que também está ótima, elas saem do clichê de mocinhas indefesas e proporcionam ótimos momentos juntas.

Por fim, Rua do Medo: 1978 – Parte 2 é o filme mais equilibrado entre prestar tributo e seguir o material da obra original. As duas protagonistas fazem total diferença neste capítulo, que consegue ser o mais assustador e sanguinolento até então.

Resta mais um capítulo, que pela prévia ao final deste filme, deve focar mais no sobrenatural.


Leia mais: Rua do Medo Parte 1: 1994 | Crítica |


Rua do Medo: 1666 – Parte 3, estreia no dia 16 de julho.

3

BOM

Rua do Medo: 1978 – Parte 2 é o filme mais equilibrado entre prestar tributo e seguir o material da obra original. As duas protagonistas fazem total diferença neste capítulo, que consegue ser o mais assustador e sanguinolento.