A Barraca do Beijo 3 | Crítica |

Divulgação/Netflix

A Barraca do Beijo 3 coloca um ponto final na jornada de Elle, Noah e Lee. Lançado na última quarta-feira, 11, na Netflix, a comédia romântica foi rodada ao mesmo tempo que o segundo filme, ficando evidente o corte que houve entre as duas produções, com pouca história a ser contada nesse último capítulo. Algo já esperado, porque a base do filme é o livro de Beth Reekles, que teve boa parte da narrativa explorada no primeiro longa. O resultado é muita encheção de linguiça, mas que é recompensado com um final de certa forma surpreendente.

A Barraca do Beijo 3 | Crítica |
Divulgação/Netflix

Na trama, Elle (Joey King) vai para a faculdade e precisa tomar uma decisão muito difícil: se mudar para o outro lado do país com o namorado Noah (Jacob Elordi) ou cumprir a promessa que fez ao melhor amigo Lee (Joel Courtney) de estudar com ele. Qual dos dois vai ficar de coração partido?

Acompanhar a jornada de Elle é como uma bola de neve. Desde o primeiro filme, ela sempre esteve motivada em fazer o melhor para o amigo Lee. Quando começa a se relacionar com Noah, o irmão de Lee, ela precisa dividir as atenções e não deixar nenhum dos dois magoados. Uma hora a conta ia chegar. E agora ela precisa decidir em qual universidade estudar. Um dos dois ficará triste e isso se torna um peso para a garota.

Embora boa parte do roteiro do diretor Vince Marcello, escrito em parceria com Jay Arnold, soa mais como um material não utilizado do segundo filme, há pontos importantes no terceiro longa.

Entre tantos conflitos de A Barraca do Beijo 3, Elle, Noah e Lee, erraram e amadureceram. Elle, passou os últimos anos sendo a melhor amiga de Lee e a melhor namorada para Noah. Mas, esqueceu de ser ela mesma. Afinal, quem é Elle? Para isso, a garota toma a decisão mais madura e honesta possível de seguir seu próprio caminho e se conhecer.

Embora a amizade com Lee seja admirável e o namoro com Noah contar com bonitos momentos, havia uma certa toxicidade na relação com os dois. Principalmente pelo machismo um pouco maquiado de Noah, que ao lado de Marco (Taylor Zahkar Perez) decidem disputar a atenção de Elle. Por falar nisso, a presença de Marco só serviu para criar mais conflitos entre Elle e Noah.

Por outro lado, Lee se torna obcecado com a lista que os dois fizeram e suas promessas. É compreensível o medo da distância e do que o futuro poderá reservar. Mas, a amizade deles não seria abalada por isso. A questão é que existe muito receio, o que é normal na juventude. O medo de Elle decepcionar o amigo e o medo de Lee não ter mais sua amiga por perto.

De forma abrupta, o roteiro expõe algumas habilidades incríveis de Elle com os games. Uma desculpa para explicar sua decisão final no filme. Soou deveras estranho, já que nos dois filmes anteriores essa sua paixão por games não foi devidamente explorada.

A Barraca do Beijo 3 fugiu da previsibilidade e entrega um final maduro para Elle, Noah e Lee. O desfecho reserva emoção e despertará o imaginário dos fãs sobre a última cena. Por fim, um filme que explora amizade e romance entre jovens de forma clara e honesta.

3

BOM

A Barraca do Beijo 3 fugiu da previsibilidade e entrega um final maduro para Elle, Noah e Lee. O desfecho reserva emoção e despertará o imaginário dos fãs sobre a última cena. Por fim, um filme que explora amizade e romance entre jovens de forma clara e honesta.