A Saga do Monstro do Pântano, por Alan Moore - De terra a terra A Saga do Monstro do Pântano, por Alan Moore - De terra a terra

Ler é Bom, Vai | A Saga do Monstro do Pântano, por Alan Moore – De Terra a Terra

O Monstro do Pântano morreu. Cabe a Abigail Cable o luto. É sobre isso “De terra a terra“, publicada originalmente em Swamp Thing #55, de dezembro de 1986. O roteiro é de Alan Moore, com arte de Rick Veitch, Alfredo Alcala e John Totleben.

Depois dos eventos de “As flores do romance“, Abigail volta para Gotham City. A mesma Gotham onde o Monstro do Pântano foi assassinado em “Jardim das delícias terrenas“. Lá ela participa de uma homenagem póstuma ao falecido. Enquanto isso, ela vai relembrando momentos passados com o personagem. E também imagina possíveis acontecimentos futuros que nunca vão se realizar.

Alguns personagens do passado reaparecem, como John Constantine, o Vingador Fantasma e o Desafiador (se chamando apenas Boston Brand). Alguns apareceram “Descida entre os mortos” e permaneceram perto até “O fim“, na batalha contra a escuridão primordial.

O Batman é o único herói presente e discursa, pedindo uma reflexão dos presentes sobre os acontecidos. Comissário Gordon e Harvey Bullock são outros personagens importantes nessa edição.

“É só vestir preto… que pessoas estranhas e irritantes vêm gentilmente tocar o braço nos consolando e informando que o mundo ainda gira. É verdade, gira… por mais que a gente implore para ele parar.”

O legado de “De terra a terra”

Depois de tantas balhar e correria, essa é uma HQ bastante reflexiva, narrada pela Abigail, que mostra como ela está lindando com a morte do Monstro do Pântano. Alan Moore usa bastante sua excelente prosa para passar o sentimentos e sensações da personagem.

Sonho se mistura com lembrança e desejos, com momentos que não sabemos se podem ou não ter acontecido, e outros momentos perturbadores em que é claro que tudo é uma ilusão, uma que vai terminar de maneira bastante ruim.

Chama a atenção o uso do Batman nessa edição. Diferente do sisudo e agressivo vigilante, vemos ele em um evento público, conversando e até dando discurso. A maneira com que a DC e os autores lidavam com ele, especialmente antes da Crise – apesar disso ser um pouco depois dela – chama a atenção.

Ainda assim uma grade edição. E uma pausa para a próxima saga que irá começar.

Próxima edição: Meu paraízo azul

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