Chegou o início do fim. E vai ser como o início, só que ao contrário. O Monstro do Pântano volta a Terra pensando em duas coisas: encontrar Abigail Cable e acabar com os homens que o afastaram dela. Sobre isso é “Pontas soltas (reprise)“, publicada originalmente em Swamp Thing #63 (agosto de 1987). O roteiro é de Alan Moore, com arte de Rick Veitch e Alfredo Alcala.
Enquanto mantém sua vida, os homens da IDD, os mesmos que expulsaram o Monstro da Terra no final de “Jardim das delícias terrenas” são atacados por plantas. Um a um eles são atacados por buquês de rosas, jardins viram labirintos inescapáveis. alfaces de sanduíche matam por dentro.
Durante toda essa trajetória o Monstro aprendeu poderes e capacidades novas. Seu encontro com as arvores anciãs em “O parlamento das árvores” refinou poderes que ele apenas imaginava que tinha. Toda essa jornada o tornou praticamente uma divindade. Agora ele busca vingança.
O legado de “Pontas soltas (reprise)”
Alan Moore faz uma interessante analogia aqui sobre a natureza cíclica dos quadrinhos, mas a subverte para mostrar que sua história se encaminha para o final. Se você reler “Pontas soltas“, vai ver um Monstro do Pântano acreditando que sua história terminou, enquanto é perseguido pelos agentes da IDD. Ele não tem chance contra eles.
Agora, em seu final, Moore coloca o próprio Monstro do Pântano caçando eles, e são eles que não tem chance. Se antes víamos um aturdido Alec pensando que não poderia fugir das luzes do mundo, que era um ser ultrapassado e que não teria espaço para um monstro como ele, agora ele já ultrapassou essas questões.
Um herói, que salvou a Terra da Brujeria e da escuridão primordial em “O fim“, que aprendeu que é o elemental desse planeta, um com a natureza. Ele é puro poder, e não são meros homens com seus brinquedos que vão impedi-lo.
Próxima edição: A volta do bom gumbo