O Mal Nosso de Cada Dia, de Donald Ray Pollock O Mal Nosso de Cada Dia, de Donald Ray Pollock

Ler é Bom, Vai! O Mal Nosso de Cada Dia, de Donald Ray Pollock

Reprodução/Darkside Books
Ler é Bom, Vai! O Mal Nosso de Cada Dia
Reprodução/Darkside Books

O Mal Nosso de Cada Dia, romance de 2011 escrito por Donald Ray Pollock, deu origem ao filme da Netflix lançado no dia 16 de setembro. Intitulado de O Diabo de Cada Dia, o longa é estrelado por Tom Holland (Homem-Aranha), Robert Pattinson (O Farol), Bill Skarsgard (It: A Coisa) e Sebastian Stan (Capitão América: Guerra Civil).

O livro lançado no Brasil pela editora Darkside Books é um deleite para quem curte uma história sombria e sinistra. Se você já assistiu ao filme da Netflix, a obra serve de complemento, já que muitas histórias não foram adaptadas para o filme.

O Mal Nosso de Cada Dia acompanha histórias paralelas de uma cidade esquecida no interior de Ohio. O primeiro capítulo segue a esposa de Willard Russell à beira da morte. Não importa o quanto ele beba, reze ou faça sacrifícios e oferendas. Com o passar dos anos, seu filho Arvin, uma criança negligenciada, torna-se um homem frio e cruel. Em torno deles, circula um nefasto e peculiar grupo de moradores — um insano casal de assassinos em série, um pastor que come aranhas e um xerife corrupto —, todos entrelaçados numa viciante narrativa da mais corajosa e sombria lavra americana.

A diferença do livro para o filme, é que muitas histórias são mais aprofundadas. Como do casal de serial killers, que no filme tiveram o espaço reduzido. A sensação que fica é que lendo o livro e depois partindo para o filme, se torna uma experiência incompleta. A recomendação é assistir ao filme primeiro e depois complementar as histórias no livro. Além disso, com muitos personagens a narrativa pode se tornar um pouco confusa. O filme ajuda para nos ambientarmos mais com esses personagens, facilitando a leitura.


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O Mal Nosso de Cada Dia traz uma reflexão sobre as raízes que carregamos de nossos antepassados. Como o fanatismo religioso desses personagens trouxeram resultados catastróficos. A jornada de Arvin foi dolorosa e talvez as cicatrizes que carregou ao longo dos anos jamais estarão curadas. O final tanto do livro quanto do filme deixa uma pequena luz para o personagem depois de tanta brutalidade.