Tico e Teco: Defensores da Lei | Crítica Tico e Teco: Defensores da Lei | Crítica

Tico e Teco: Defensores da Lei | Crítica

Divulgação/Disney

Tico e Teco: Defensores da Lei, filme que revitaliza a clássica série de 1989, chegou nesta sexta-feira com exclusividade para os assinantes do Disney+. Sem tanto alarde, o longa surpreende já no início fazendo piada de si mesmo. É um reboot? É uma continuação?

Tico e Teco: Defensores da Lei | Crítica
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Dirigido por Akiva Schiffer (Saturday Night Live) e escrito por Dan Gregor e Doug Mand (Crazy Ex-Girlfriend), o longa mostra os dois esquilos vivendo entre animações e humanos na Los Angeles dos dias atuais, mas agora suas vidas são bem diferentes. Defensores da Lei era um programa de TV, mas que acabou porque Teco decidiu seguir a carreira solo. Taí a nossa resposta sobre a série não ter mais episódios. Sendo assim, Tico se rendeu a uma vida doméstica suburbana como um vendedor de seguros. Enquanto isso, Teco passou por uma harmonização facial em CGI e trabalha no circuito de convenções nostálgicas (uma Comic-Con), desesperado para reviver seus dias de glória. Quando o rato Monterey Jack, ex-colega de elenco, desaparece misteriosamente, Tico e Teco devem consertar a amizade rompida e assumir mais uma vez suas personas de Defensores da Lei para salvar seu amigo.

Tico e Teco: Defensores da Lei é o filme mais arriscado da Disney+. Revitalizar personagens nostálgicos e adicionar novos elementos, como contar a história de origem dos esquilos no primeiro ato, poderia ter dado muito errado. Mas há um ditado no filme: “o maior risco é nunca se arriscar”, e esse é o sentimento da Disney. Apostou no potencial da história e no seu acervo de personagens, e de outras figuras icônicas da cultura pop.

Dito isso, é um filme voltado mais para o público que cresceu assistindo Defensores da Lei, mas nada impede da criançada também de se divertir, já que há muitos personagens da Disney interagindo, só que de uma forma bem diferente. É um caminho semelhante com Uma Cilada Para Roger Rabbit, só que mais atual.

O filme também faz um apontamento sobre as grandes animações e personagens que foram esquecidos com o tempo. Um deles é Peter Pan da clássica animação da Disney, além de pasmem, o Sonic Feio do primeiro filme do ouriço. O personagem acabou sendo remodelado para o visual mais clássico dos games nos filmes da Paramount, mas Defensores da Lei tem a grande sacada de incluir o personagem excluído e menosprezado pelo público. Um momento impagável no longa, e que agora está fazendo muita gente clamar por mais aparições do Sonic Feio. Te vira, Paramount!

O roteiro ágil não deixa escapar nada em termos de piadas e easter eggs, sendo um prato cheio para todos que cresceram com esses personagens da Disney e de outros estúdios. Acredito que Tico e Teco: Defensores da Lei fez mais pelos personagens da Warner do que o decepcionante Space Jam: Um Novo Legado.

Por fim, Tico e Teco: Defensores da Lei foi uma grata surpresa. Um retorno nostálgico desses adoráveis esquilos, com uma história atualizada, mas que mantém a essência desses personagens. Ao mesmo tempo que é engraçado, a história também se mantém reflexiva.

Quem esperava o Multiverso da Loucura em Doutor Estranho vai encontrar em Tico e Teco: Defensores da Lei.

4

ÓTIMO

Quem esperava o Multiverso da Loucura em Doutor Estranho vai encontrar em Tico e Teco: Defensores da Lei.