Space Jam: Um Novo Legado | Crítica | Space Jam: Um Novo Legado | Crítica |

Space Jam: Um Novo Legado | Crítica |

Divulgação/Warner Bros.

Space Jam: Um Novo Legado marca a segunda aventura de um astro da NBA ao lado dos Looney Tunes. O primeiro filme, Space Jam – O Jogo do Século, lançado em 1996, colocou Michael Jordan (o maior jogador de basquete da história) ao lado de Pernalonga e seus amigos. Um filme longe de ser perfeito, mas lembrado com muito carinho pra quem foi criança naquela década.

Space Jam: Um Novo Legado | Crítica |
Divulgação/Warner Bros.

25 anos depois do primeiro longa, Space Jam: Um Novo Legado chega com a missão de atualizar e revitalizar os Looney Tunes, que teve sua última passagem nos cinemas em 2003 no fraquíssimo Looney Tunes – De Volta à Ação. Sem Jordan, a nova aventura escalou LeBron James, astro dos Los Angeles Lakers e, um dos melhores jogadores de basquete de sua geração.

Ao contrário do filme de 1996, quando Pernalonga recorre a Michael Jordan para que ajude seus amigos a derrotar um grupo de alienígenas que roubaram o talento de alguns jogadores da NBA, neste filme dirigido por Malcolm D. Lee, é LeBron que precisa da ajuda dos Looney Tunes para salvar seu filho das garras do vilão Al G (Don Cheadle).

Na trama, LeBron e seu filho Dom (Cedric Joe) são aprisionados em um espaço digital por Al G, uma trapaceira inteligência artificial. Ele é o responsável por controlar todo o universo Warner, fazendo o que bem entender com o seu conteúdo (qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência). LeBron precisa resgatar seu filho e leva-lo de volta para casa em segurança. Com o apoio de Pernalonga, Lola Bunny e uma equipe indisciplinada de Looney Tunes, o Tune Squad precisa garantir a vitória contra os campeões digitais de Al G na quadra.

O grande cerne da história está no relacionamento entre pai e filho. LeBron James desde sua infância conviveu com a cobrança de ser o melhor, tendo abdicado de ser uma criança normal para realizar o sonho de ser um astro do basquete. Foi um preço a se pagar. O roteiro de Andrew Dodge começa bem ao mostrar esse conflito. LeBron é mais um treinador para que seu filho Dom seja o melhor, do que em ser um pai que o garoto tanto espera. Quando perde seu filho para Al G e embarca com o Pernalonga em uma jornada de recrutar os Looney Tunes, o astro dos Lakers se dá conta que a vida não é somente o esporte.

Até aí, tudo bem. O problema é que Space Jam: Um Novo Legado se preocupa em fazer uma propaganda do estúdio Warner Bros. e do serviço de streaming HBO Max, que receberá em breve o filme para os assinantes do Brasil. O filme dedica boa parte de sua narrativa em mostrar tudo que o estúdio tem de melhor. São infinitas referências à cultura pop com aparições de diversas franquias como Harry Potter, Game of Thrones, os heróis da DC, Matrix, King Kong e clássicos como Laranja Mecânica e Casablanca.

Tudo isso acaba tirando o foco da história, já que todo instante somos obrigados a caçar easter eggs porque o filme te obriga a isso. O segundo para o terceiro ato beiram ao desastre quando a narrativa cai para clichês motivacionais. Tudo é salvo pelo carisma de LeBron, que assim como Jordan está longe de ser um grande ator, mas é capaz de entregar uma boa diversão. Há um belo momento quando o jogador se reconecta com o filho.

Além disso, o filme entrega algumas piadas bem executadas, com direito a uma impagável relacionada ao nome de Michael Jordan. Uma pena que o filme pouco soube aproveitar o seu bom humor e as loucuras dos Looney Tunes.

Por fim, Space Jam: Um Novo Legado poderia representar para o público de hoje o que o primeiro longa representou em 1996: Uma aventura nostálgica e bom entretenimento para família. Pena que o filme se dedica em faze-lo por apenas 30%, já que os executivos da Warner estavam mais preocupados em garantir muitos assinantes para a HBO Max.

2.5

REGULAR

Space Jam: Um Novo Legado poderia representar para o público de hoje o que o primeiro longa representou em 1996: Uma aventura nostálgica e bom entretenimento para família. Pena que o filme se dedica em faze-lo por apenas 30%, já que os executivos da Warner estavam mais preocupados em garantir muitos assinantes para o HBO Max.