Sobrenatural: A Porta Vermelha Sobrenatural: A Porta Vermelha

Sobrenatural: A Porta Vermelha | Crítica

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Sobrenatural: A Porta Vermelha é o último capítulo de uma das franquias de terror mais lucrativas da última década. A série de filmes que se iniciou em 2010 ganha sua conclusão com o retorno do elenco original e marca a estréia de Patrick Wilson na direção.

Sobrenatural: A Porta Vermelha
Divulgação / Sony Pictures Brasil

Sobrenatural: A Porta Vermelha volta a focar na história da família Lambert, que passou a ser atormentada por entidades malignas após Dalton, o filho mais velho do casal Josh e Renai, entrar em coma misteriosamente. Os dois primeiros filmes da franquia mostram como Josh e Dalton são uma espécie de portal para “O Além” e são alvo de entidades demoníacas que desejam tomar seu corpo como forma de entrar no mundo dos vivos. A Porta Vermelha, por sua vez, seguirá os acontecimentos dos dois primeiros filmes, mostrando o que aconteceu com Josh e Dalton após eles decidirem apagar os eventos traumáticos por meio da hipnose.

A história de Sobrenatural: A Porta Vermelha começa efetivamente com um pulo no tempo de 10 anos. Agora, vemos a família Lambert separada. Renai (Rose Byrne) e Josh (Patrick Wilson) se divorciaram e o patriarca da família está tentando reestabelecer sua relação com Dalton (Ty Simpkins), o filho mais velho, que está se preparando para partir para a faculdade.

A franquia Sobrenatural se estabeleceu por seu visual único, ela não se baseia em uma atmosfera de medo ou em demônios assustadores com características realistas. Os filmes se baseavam em jumpscares e uma caracterização estravagante de seus demônios.  No entanto, as coisas estão um pouco diferentes em Sobrenatural: A Porta Vermelha, aqui a direção de Patrick Wilson investe na criação de um clima de suspense, onde a atmosfera de terror é criada por meio da prolongação da expectativa de levar um susto. Quando achamos que o jumpscare vai acontecer de determinada forma, a rota muda e somos surpreendidos novamente.

No entanto, o quinto filme da franquia está longe de ser perfeito. Quem é fã, ou já assistiu os outros filmes, vai demorar um pouco para se acostumar com o novo formato que o filme está seguindo, principalmente o primeiro ato do filme, que parece um pouco como se o estreante na direção, Patrick Wilson, estivesse descobrindo para onde gostaria de ir com seu filme.

Mas o filme começa a ganhar forma e características próprias a partir do segundo ato. Nós somos guiados por duas narrativas paralelas, Josh está tentando entender seu passado e os motivos que o levaram a se tornar uma pessoa “alheia” ao mundo ao seu redor. Enquanto Dalton está iniciando uma nova fase de sua vida, indo para a faculdade, fazendo uma nova amizade e aprendendo a lidar com o seu medo do escuro e tentando entender o que são essas entidades e eventos assustadores que estão cercando sua rotina.

Sobrenatural: A Porta Vermelha ainda segue algumas “regras” que foram estabelecidas em seus filmes anteriores, como a relação familiar, as criaturas extravagantes e o alívio cômico em determinadas situações e personagens. Mas agora, a franquia se encerra investindo em uma atmosfera mais densa, que resulta em algumas cenas de prender o folego.

É possível, concluir que Sobrenatural: A Porta Vermelha é uma despedida assustadora e madura para essa amada franquia de terror. Os novos elementos e personagens se misturam com conceitos já estabelecidos, criando uma narrativa tensa e que vai divertir e assustar os espectadores na mesma medida.

3.5

BOM

Sobrenatural: A Porta Vermelha é uma despedida assustadora e madura para esse amada franquia de terror. Os novos elementos e personagens se misturam com conceitos já estabelecidos, criando uma narrativa tensa e que vai divertir e assustar os espectadores na mesma medida.