Raya e o Último Dragão, nova animação dos estúdios Disney, chega de forma limitada nos cinemas e no Disney+ por uma taxa extra no serviço Premier Access. Após o período de lançamento, o filme entra no catálogo da plataforma de streaming. A animação dirigida por Don Hall e Carlos López Estrada e co-dirigida por Paul Briggs e John Ripa reúne muitos elementos que gostamos nos filmes Disney. Aventura, lições e uma história para todas as idades. Tanto adultos quanto crianças terão suas perspectivas sobre a obra, que resgata a cultura do sudeste asiático.
O filme acompanha a protagonista Raya, uma mistura de Princesa Mononoke, Indiana Jones e Lara Croft. A garota sempre ouviu as histórias do último dragão de seu pai Benja. Enquanto uma força vilã estava abrindo caminho pela terra, transformando pessoas em pedra, dragões mágicos uniram suas forças em uma pedra e um dragão chamado Sisu a usou para parar o apocalipse pendente. Ela se sacrificou no processo, embora existem rumores de que ela sobreviveu. Essa pedra reside com o povo de Benja e Raya, causando rivalidade com outros clãs. Durante uma tentativa de Benja reunir os clãs, a pedra acaba sendo roubada e quebrada em pedaços, despertando novamente o mal e transformando pessoas em pedra. Seis anos depois, Raya e o amigo fiel Tuk Tuk partem em uma busca para encontrar Sisu e os fragmentos da pedra, tentando reunir seu povo de volta e cumprir a visão de lealdade de seu pai. Durante a jornada, Raya precisa impedir os avanços da rival Namaari, enquanto forma parcerias, que incluem Boun (Izaac Wang), Tong (Benedict Wong) e uma “vigarista” bebê que usa sua fofura inegável para roubar as pessoas.
Enquanto estava focada apenas em recuperar os fragmentos para trazer o seu povo de volta, a jornada de Raya se torna ainda mais importante quando ela se depara com muitos povos sofrendo as consequências da fragmentação da pedra. Os diálogos que ela tem com o dragão Sisu trazem um peso maior no seu objetivo. A ganância e, principalmente, a individualidade levou a quase extinção de humanidade. Raya estava pensando no seu clã, mas acaba percebendo que ela pode fazer muito mais.
Raya e o Último Dragão é um espetáculo visual. Cada terra explorada pela protagonista trazem mundos com suas particularidades. Para Sisu foi uma forma de se reconectar com os humanos, onde ela percebe que eles valem a pena, mesmo com todos os defeitos.
O design dos personagens é deveras detalhista. Lembrando que parte do filme foi finalizado em home office devido à pandemia. O visual do dragão Sisu tem o intuito de agradar a criançada. Nós adultos, podemos questionar as semelhanças com My Little Pony (tá muito parecido!), mas os dragões apresentados na narrativa apresentam características que resgatam a cultura asiática. O filme conta com uma paleta de cores vibrantes, , alcançando o equilíbrio perfeito.
Raya representa a mudança no conceito das princesas Disney, que ainda divide opiniões, mas é extremamente necessário. Ela é corajosa e lida com questões que vão ao encontro do atual cenário que vivemos. A protagonista inicia sua trajetória relutando em confiar nas pessoas depois do trauma que presenciou. Por fim, a missão de Raya não é sobre encontrar um príncipe encantado. A nova princesa Disney volta a acreditar na confiança, além do amor ao próximo e o senso coletivo.
Raya e o Último Dragão é uma histórica clássica, mas ao mesmo tempo nova da Disney. É a confirmação do protagonismo e força das atuais princesas do estúdio. Uma animação que não subestima o seu público e apresenta uma história inspiradora, divertida e instigante.
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ÓTIMO
Raya e o Último Dragão é uma histórica clássica, mas ao mesmo tempo nova da Disney. É a confirmação do protagonismo e força das atuais princesas do estúdio. Uma animação que não subestima o seu público e apresenta uma história inspiradora, divertida e instigante.