Pantera Negra: Wakanda Para Sempre | Crítica Pantera Negra: Wakanda Para Sempre | Crítica

Pantera Negra: Wakanda Para Sempre | Crítica

Divulgação/Marvel Studios

Pantera Negra: Wakanda Para Sempre não seria um filme fácil. A morte de Chadwick Boseman, vítima de um câncer em 2020, foi um duro golpe. Mas, o herói T’Challa ensinou que a morte é apenas uma passagem. E com essa mensagem que Ryan Coogler retorna à direção para a tão aguardada sequência, que enfrentou duros problemas em sua produção.

Pantera Negra: Wakanda Para Sempre | Crítica
Divulgação/Marvel Studios

Entre a pandemia, com integrantes da produção com COVID e Letitia Wright polemizando nas redes sociais sobre a vacina e sofrendo uma lesão grave nas gravações, o longa sofreu muitos atrasos e quase colocou em risco seu lançamento.

Como já era esperado, Pantera Negra: Wakanda Para Sempre dedica grande parte de sua narrativa em homenagear Chadwick Boseman e seu personagem T’Challa. O luto se mistura entre a ficção do filme e a partida do ator. A mensagem do filme é deveras tocante. Rei T’Challa partiu com seus ancestrais, mas ele está presente. Ele se faz presente.

Enquanto isso, a Rainha Ramonda (Angela Bassett), precisa mostrar ao mundo que Wakanda continua sendo uma nação forte e soberana. E, bem claro sobre a utilização dos seus recursos para outras nações, especialmente o Vibranium.

Novamente, Coogler trabalha temas políticos no filme, mas não com a mesma profundidade, já que o foco é sempre no luto de T’Challa. Isso pode desagradar para quem esperava uma narrativa tão reflexiva quanto o filme de 2018.

Pantera Negra: Wakanda Para Sempre tem 2h 41m de duração buscando apresentar o futuro do MCU com a chegada de novos personagens, mas sempre volta ao lema estabelecido por T’Challa. Pantera Negra vive. Pantera Negra está presente.

O filme introduz no estilo Marvel Studios de ser os novos personagens Riri Williams (Dominique Thorne), a futura Coração de Ferro, e Namor (Tenoch Huerta). Não se aprofunda, porque lá na frente tem série de Coração de Ferro e Namor deve retornar para outras produções.

Falando em Namor, foi muito bem-vinda a nova roupagem que deram para o personagem, com sua origem baseada no povo maia. O visual do personagem está impecável, assim como de sua cidade submarina. Falando em figurino, o longa conta novamente com a vencedora do Oscar Ruth E. Carter, que chega como favorita para ganhar a estatueta no próximo ano. Outro nome que retorna é Ludwig Göransson, que assina novamente a trilha sonora, que trabalha de forma eficiente todos os elementos da cultura africana.

Riri Williams é interpretada com muito carisma por Dominique Thorne, que aquece os corações com algumas piscadelas para o filme Homem de Ferro de 2008. É o nascimento de mais uma mente brilhante no MCU.

Danai Gurira e Lupita Nyong’o estão ótimas, mas uma pena que tiveram pouco espaço, apesar do muito tempo de duração que o filme reserva. A resposta está em muitas subtramas descenecessárias, como as presenças de Everett Ross (Martin Freeman) e Condessa Valentina Allegra de la Fontaine (Julia Louis-Dreyfus), que nada acrescentam no desenvolvimento na história.

A grande atuação de Pantera Negra: Wakanda Para Sempre é de Angela Bassett como Ramonda. Ela mostra a força de uma mulher que tenta manter em ordem sua nação unida após as perdas do marido e filho. Sua dor é muito sentida, mas ela precisa se mostrar forte e segurar a mão a filha Shuri, que encara o luto em silêncio.

Letitia Wright carrega a culpa de não poder salvar o irmão, mesmo com toda a tecnologia avançada de Wakanda. A dor e revolta dentro do seu peito motiva a personagem para o caminho da vingança. Ela deixa a amagura cegar tudo que aprendeu com o seu irmão e seu dever como princesa. Seu desfecho é impactante e tem um dos momentos mais bonitos, a cena pós-créditos. É apenas uma, mas que prepara um futuro brilhante para Pantera Negra e (novamente) reserva uma homenagem para Chadwick e seu Rei T’Challa.

Pantera Negra: Wakanda Para Sempre usa o luto e recomeço para mover satisfatoriamente o legado do herói T’Challa. O filme mais emocional de todo o MCU.

4

ÓTIMO

Pantera Negra: Wakanda Para Sempre usa o luto e recomeço para mover satisfatoriamente o legado do herói T’Challa. O filme mais emocional de todo o MCU.