Mestres do Universo: Salvando Eternia - Parte 1 | Crítica | Mestres do Universo: Salvando Eternia - Parte 1 | Crítica |

Mestres do Universo: Salvando Eternia – Parte 1 | Crítica |

Divulgação/Netflix

Mestres do Universo: Salvando Eternia marca o retorno de He-Man às telinhas. Depois da série clássica de 1983, houve mais duas versões para a TV, além do filme estrelado por Dolph Lundgren. Mas, nunca com o mesmo impacto da obra original. Produzido por Kevin Smith e desenvolvido pela Powerhouse, o mesmo estúdio de Castlevania, esta nova adaptação da Netflix respeita o cânone, mas sem deixar de inovar e trazer uma nova história.

Mestres do Universo: Salvando Eternia - Parte 1 | Crítica |
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Mestres do Universo: Salvando Eternia é uma continuação da animação original de 1983. Não é obrigatório ter visto as temporadas anteriores, já que o início do primeiro episódio faz um breve resumo da história e da importância da figura de He-Man. Na trama, depois de uma batalha cataclísmica entre He-Man e Esqueleto, Eternia é fraturada e os Guardiões de Grayskull são espalhados. E depois de décadas de segredos que os separaram, cabe a Teela reunir o bando de heróis destruídos e resolver o mistério da desaparecida Espada do Poder em uma corrida contra o tempo para restaurar Eternia e prevenir o fim do universo.

Esta primeira parte, com apenas 5 episódios, foca em personagens subaproveitados no desenho original. Um deles é Teela, que tem sua história finalmente explorada e cabe a ela ser o fio condutor desse primeiro arco. Maligna deixa de ser uma mera serviçal do Esqueleto. Mentor e Gorpo são outros personagens que ganham uma extrema importância. O pequeno mago, por exemplo, proporciona um dos momentos mais emocionantes dessa primeira parte. Até aqueles que pouco apareciam ganharam espaço, como Roboto. Sua jornada nessa série é incrivelmente tocante.

O roteiro escrito por Marc Bernadin, Eric Carrasco, Diya Mishra e Tim Sheridan aproveita toda a mitologia de Grayskull e utiliza muitos elementos de RPG, com missões e desafios para Teela e seus companheiros superarem. A animação está excelente, misturando elementos 2D e 3D. Se você curtiu Castlevania, é o mesmo estilo de arte nessa série.

Mas e o He-Man? Bem, ele não foi deixado de lado na série. Toda a trama está centrada em seu legado e na espada do poder para proteger Eternia. Ele e Esqueleto são o centro das atenções, com os episódios explorando muitas cenas de flashback. Isso garante um arco dramático, além de preparar um triunfal dos dois personagens.

Os diálogos são profundos e com muitas lições, o que pode ser uma referência nos créditos finais de cada episódio da série de 83 quando He-Man passava uma lição de moral para o público infantil. Enquanto lá eram frases clichês, os personagens aqui discutem sobre o medo, destino e responsabilidade.

Mestres do Universo: Salvando Eternia traz uma narrativa que moderniza a história original, mostrando como muitos personagens são tão importantes e sólidos quanto seu protagonista. Um início empolgante e que traz de volta uma franquia nostálgica que ainda tem a força.

4

ÓTIMO

Mestres do Universo: Salvando Eternia traz uma narrativa que moderniza a história original, mostrando como muitos personagens são tão importantes e sólidos quanto seu protagonista. Um início empolgante e que traz de volta uma franquia nostálgica que ainda tem a força.