Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania | Crítica Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania | Crítica

Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania | Crítica

Divulgação/Marvel Studios

Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, terceiro filme da franquia, marca o início da Fase 5 do universo cinematográfico da Marvel. Novamente dirigido por Peyton Reed, o roteiro é assinado pelo novato Jeff Loveness. Havia muita expectativa sobre os novos rumos do MCU, que já definiu todo o seu cronograma de filmes e séries. Tudo é novo, mas os velhos problemas seguem.

Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania | Crítica

O roteiro já demonstra toda a inexperiência de Jeff Loveness, que cria uma narrativa desestruturada, com facilidades de roteiro e que não desenvolve a ameaça do Reino Quântico e do grande vilão dessa Fase 5, Kang. 

No filme, os parceiros super-heróis Scott Lang (Paul Rudd) e Hope Van Dyne (Evangeline Lilly) retornam para continuar suas aventuras como o Homem-Formiga e a Vespa. Juntos, com os pais de Hope, Janet Van Dyne (Michelle Pfeiffer) e Hank Pym (Michael Douglas), e a filha de Scott, Cassie Lang (Kathryn Newton), a família explora o Reino Quântico, interagindo com novas criaturas estranhas e embarcando em uma aventura que os levará além dos limites do que pensavam ser possível.

Falta inspiração para Quantumania. O longa que apresentaria a fundo o Reino Quântico mostra um universo com muitas referências a Star Wars, mas que pouco chamam a atenção. Os efeitos visuais demonstram mais uma vez ser uma pedra no sapato da Marvel, com muitos planos com tela verde, um CGI mal feito e que causa muito incômodo. Um dos baratos de Homem-Formiga é sua habilidade de encolher e aumentar de tamanho. Aqui, não faz diferença alguma. Com um plano de fundo superficial e pouco dinâmico, os poderes de Scott Lang, Hope e Cassie não causam nenhum impacto em tela. Por exemplo, há uma cena em que Scott e Cassie estão gigantes, mas não há uma dimensão alguma em tela disso.

Falando em efeitos visuais, a presença do vilão do MODOK é vexatória. É caso para vários memes e piadas com um CGI tão mal feito e que transforma o personagem em uma piada de mau gosto. O longa ainda faz questão de brincar com o personagem e a mesma piada se repete várias vezes. O mínimo que se espera de um filme que explora efeitos visuais e tela verde é que se tenha um padrão de qualidade. E a Marvel Studios não tem isso desde 2020 quando começaram as falhas grotescas. A desculpa antes era válida, o período pandêmico. Agora, parece realmente uma falta de investimento e interesse em melhorar a qualidade de suas produções.

Em relação ao elenco, o filme é um completo desperdício de potencial. Paul Rudd continua carismático, mas seu Scott Lang segue sendo motivo de chacota. Ora, se trata de um Vingador que foi responsável por salvar o universo. O mínimo que se esperava era um personagem mais reverenciado. Mas, o longa novamente continua com as piadas dos populares o chamando de Homem-Aranha. Sim, essa piada novamente.

Evangeline Lilly seria em tese a co-protagonista, mas sua presença em tela é mínima. A personagem fica a todo instante deslocada e sem função na narrativa, tirando o ato final, que finalmente vemos um motivo para sua presença ali. A Vespa no título do filme é a Michelle Pfeiffer, que ganha mais espaço ao lado de Michael Douglas. Porém, o filme desperdiça o talento dos dois com diálogos rasos e piadas desconectadas. O único momento que vale é com a participação especial de Bill Murray, que faz o possível para sua presença valer a pena. Contudo, é mais um personagem subaproveitado na Marvel. 

Visando o futuro e os Jovens Vingadores, o filme introduz Cassie Lang, interpretada por Kathryn Newton. Com mais espaço em tela do que a própria Vespa, a personagem demonstra potencial se melhor desenvolvida. O filme reserva poucos minutos para mostrar que Cassie herdou o talento de Hank e Janet para estudar ciência.

Quem destoa dessa dinâmica confusa de Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania é a atuação de Jonathan Majors como Kang, o Conquistador. Sua atuação não é qualquer coisa e sua performance é o ponto alto do filme. Já visto na série Loki, Kang apresenta todos os requisitos para se tornar um dos grandes vilões do MCU.  

Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania é a estagnação da Marvel Studios. Um filme que pouco terá impacto em toda a Fase 5 do MCU, a não ser pelas duas cenas pós-créditos. Gera expectativa para o futuro, mas o conteúdo principal pode facilmente ser descartado. 

2.5

REGULAR

Quem destoa dessa dinâmica confusa de Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania é a atuação de Jonathan Majors como Kang, o Conquistador. Sua atuação não é qualquer coisa e sua performance é o ponto alto do filme.