Army of the Dead: Invasão em Las Vegas | Crítica | Army of the Dead: Invasão em Las Vegas | Crítica |

Army of the Dead: Invasão em Las Vegas | Crítica |

Divulgação/Netflix

Army of the Dead: Invasão em Las Vegas marca o retorno de Zack Snyder ao gênero zumbi. Muitos creditam Madrugada dos Mortos (2004) como seu melhor filme, onde buscou muitas referências de George A. Romero. Contudo, o filme original da Netflix é mais grandioso e traz novos elementos sobre os mortos vivos.

Army of the Dead: Invasão em Las Vegas | Crítica |
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O projeto do filme estava em desenvolvimento há mais de uma década por Zack Snyder, que sempre pensou no filme como uma franquia, tanto que um prelúdio e uma animação receberam sinal verde da Netflix. Army of the Dead: Invasão em Las Vegas mostra um Snyder mais frenético e, pela primeira vez, não abusando do slow motion para as cenas de ação.

A sequência do filme já empolga com uma bonita versão de “Suspicious Minds” de Elvis Presley, onde um transporte militar se colide com um par de recém-casados ​​“celebrando” seu casamento enquanto dirigia por uma rodovia de Nevada. O comboio veio recentemente da Área 51 e que sua carga útil indefinida é tão perigosa que suas armas de nível militar não farão muito impacto. Quando o grande contêiner contendo aquele passageiro misterioso é danificado, ele se abre revelando um grande zumbi, e os soldados que sobreviveram ao acidente são rapidamente transformados em mortos-vivos antes de subirem uma colina para olhar para a cidade do pecado, Las Vegas.

Com outra maneira versão de “Viva Las Vegas”, Snyder em poucos minutos mostra que Las Vegas se transformou no reduto dos mortos-vivos. Os poucos sobreviventes foram salvos por militares antes que toda a cidade fosse sela por contêiners. Durante a missão de resgate estavam os soldados Ward (Dave Bautista), Cruz (Ana de la Reguera) e Vanderohe (Omari Hardwick) – que tiveram perdas significativas. Enquanto o governo debate o que fazer agora com Las Vegas, Ward tenta levar uma vida normal, quando recebe a visita inesperada de um ricaço chamado Tanaka (Hiroyuki Sanada) com uma proposta irrecusável. Há $ 200 milhões em um cofre sob Las Vegas. Se Ward reunir uma equipe, pegar o dinheiro e sair antes que o governo detone toda a cidade, eles podem ficar com $50 milhões.

Seduzido pela grana, Ward reúne Cruz e Vanderohe, e uma equipe de especialistas cada um à sua maneira. Ward só não contava com sua filha Kate (Ella Purnell) envolvida em uma missão praticamente suicida.

Com um orçamento no limite, Zack Snyder precisou refilmar todas as cenas do piloto de helicóptero interpretado originalmente por Chris D’Elia (You). O ator foi retirado do filme após as acusações de assediar menores. Todas as cenas de D’Elia foram substituídas por Tig Notaro. Um trabalho difícil, mas que ficou impecável, já que em nenhum momento notamos a diferença nas cenas.

A narrativa do diretor apresenta qualidades e defeitos. Uma das qualidades estão nas hordas de zumbis, com direito a zumbis alfa, os mais fortes de eliminar. Eles são liderados por um Rei e uma Rainha, deixando subentendido que eles foram um dos primeiros infectados no primeiro ataque a Las Vegas. Conhecido por interpretar o carismático Drax em Guardiões da Galáxia, Dave Bautista mostra ser capaz de um papel mais sério. Do elenco ele é o que se sobressai vivendo um pai, chef e soldado que perdeu pessoas que ama, busca uma vida tranquila, mas sabe que isso será impossível devido ao seu passado.

As cenas de ação são bem construídas. Todo o cenário dos cassinos e ambientes mais fechados são palcos para diversos tipos de combate entre armas de fogo e armas brancas. Apaixonado por games, Snyder se inspirou em muitos títulos do gênero como The Last of Us, Days Gone, entre outros.

Porém, Snyder se perde em um filme de quase duas horas e meia. A narrativa começa a ficar inflada, apesar da vontade do diretor de apresentar muitos conceitos, mas não consegue se aprofundar. Vemos uma história preocupada em falar sobre política com contêiners separando pessoas e o presidente dos EUA não pensando duas vezes em soltar uma bomba em Las Vegas. Impossível não ver essas cenas sem pensar sobre o estado atual do mundo. A questão é que os temas não somam muito na história.

Army of the Dead: Invasão em Las Vegas recompensa o público com um filme divertido e competente no que se propôs, impulsionado por ótimas sequências de ação. Zack Snyder se livrou de algumas amarras como exagero de câmeras lentas e tons mais escuros, entregando um filme mais colorido, sanguinolento e gore.

Um retorno do gênero que ajudou a reconstruir no início dos anos 2000.

3

BOM

Army of the Dead: Invasão em Las Vegas recompensa o público com um filme divertido e competente no que se propôs, impulsionado por ótimas sequências de ação. Zack Snyder se livrou de algumas amarras como exagero de câmeras lentas e tons mais escuros, entregando um filme mais colorido, sanguinolento e gore.

Um retorno do gênero que ajudou a reconstruir no início dos anos 2000.