Amor e Monstros | Crítica Amor e Monstros | Crítica

Amor e Monstros | Crítica

Divulgação/Netflix
Amor e Monstros | Crítica
Divulgação/Netflix

Amor e Monstros, filme de 2020 produzido pela Paramount Pictures, é mais uma produção que bebe do gênero pós-apocalíptico, que ganhou diversos tipos de longas, séries, games e livros. Uns foram bons e outros nem tanto. Mas, essa obra surpreende por trazer uma história direta, aventuresca e que conquista pelo carisma de seu protagonista.

Lançado no Brasil pela Netflix, o longa dirigido por Michael Matthews a partir do roteiro de Brian Duffield e Matthew Robinson foi idealizado em 2012 em meio a febre de produções sobre zumbis e o fim do mundo. Muito em conta do sucesso de The Walking Dead e Zumbilândia. A demora para o filme ser lançado acabou sendo importante, já que o filme chega de forma despretensiosa e traz um novo gás para aqueles que estão saturados com histórias distópicas.

Na trama, 95% da população humana foi exterminada por centopéias gigantescas, caracóis e lesmas, entre outras criaturas, após uma explosão de asteroide que originou esses seres. O que sobrou da humanidade vive enclausurada em bunkers. E em um desses bunkers vive Joel (Dylan O’Brien), um jovem responsável pelos afazeres do local, entre eles, a deliciosa sopa do grupo. Quando ele consegue contato no rádio com seu antigo amor chamado Aimee (Jessica Henwick), que vive em uma colônia diferente a 135 km de distância, Joel decide enfrentar o perigo desconhecido do mundo exterior e deixar para trás seus amigos. Todos alertam contra isso, sabendo que ele não seria capaz de sobreviver lá fora. Movido pela paixão antiga, Joel decide sair do bunker para uma caminhada de sete dias até a outra colônia. Durante a aventura, Joel terá a ajuda do cão perspicaz chamado Boy e dos andarilhos Minnow (Ariana Greenblatt) e Clyde (Michael Rooker).

É difícil não gostar da performance de Dylan O’Brien como Joel. Diante de tudo que presenciou, o rapaz ainda é movido por otimismo. Para seu grupo isso é ingenuidade. Mas talvez essa ingenuidade seja o combustível para ele encarar os desafios. Dylan entrega uma atuação carismática como Joel, que encanta o espectador por ser desajeitado e nem um pouco preparado para encarar os diversos monstros. E isso move o público, já que muitos teriam as mesmas dificuldades que ele. Seu melhor momento em tela é quando ele contracena com um dos poucos robôs que sobreviveram ao colapso. Um momento doce em que ambos expõe seus sentimentos.

Falando em desafios, a narrativa funciona meio como um jogo, precisando Joel superar monstros cada vez mais perigosos para chegar ao seu objetivo.

Uma produção de baixa orçamento, Amor e Monstros faz um ótimo uso de efeitos práticos e digitais na criação das criaturas. Sendo assim, foi justa a indicação ao Oscar 2021 de Melhores Efeitos Visuais.

Por fim, Amor e Monstros é uma ótima aventura distópica que trabalha de forma eficiente seus conceitos. Uma trama que vai direto ao ponto apresentando um mundo que no meio de tanta morbidade ainda é capaz de despertar esperança.

4

ÓTIMO

Amor e Monstros é uma ótima aventura distópica que trabalha de forma eficiente seus conceitos. Uma trama que vai direto ao ponto apresentando um mundo que no meio de tanta morbidade ainda é capaz de despertar esperança.