Crítica | Zumbilândia – Atire Duas Vezes

Reprodução/Sony Pictures

Lançado em 2009, Zumbilândia fez parte do início da febre zumbi na cultura pop após anos no limbo. Diferente de Madrugada dos Mortos e outros filmes do gênero, o longa de Ruben Fleischer misturava o clássico gore com pitadas de comédia e diversas referências geek. O longa ainda impulsionou as carreiras das estrelas em ascensão Jesse Eisenberg e Emma Stone, e colocou no mapa de Hollywood os nomes dos roteiristas Rhett Reese e Paul Wernick e também do diretor Ruben Fleischer. Zumbilândia – Atire Duas Vezes chega aos cinemas dez anos depois, ainda tão divertido quanto seu antecessor.

Na trama, Columbus (Jesse Eisenberg), Wichita (Emma Stone), Tallahassee (Woody Harrelson) e Little Rock (Abigail Breslin) seguem juntos e encontram refúgio na Casa Branca, mas as tensões estão começando a aparecer. Columbus quer se casar com Wichita, mas ela não tem certeza de que deseja esse tipo de compromisso. Little Rock chegou à puberdade e quer encontrar amigos de sua idade para o desgosto de Tallahasse, que assume o papel de pai protetor da garota. Little Rock e Wichita decidem deixar o grupo, mas depois de encontrarem um hippie pacifista, Berkeley (Avan Jogia), Little Rock e o hippie pegam a estrada e partem para o desconhecido. Preocupada, Wichita volta à Casa Branca em busca de ajuda, descobrindo que Columbus está com uma nova companheira, Madison (Zoey Deutch), que ele e Tallahassee encontraram durante uma vistoria no shopping. O grupo inicia uma nova viagem em busca do paradeiro de Little Rock, à medida que os zumbis estão mais evoluídos e mais difíceis de matar.

Novamente escrito pela dupla Rhett Reese e Paul Wernick, e dirigido por Ruben Fleischer, o longa evidencia que o quarteto durante os 10 anos já enfrentaram todo tipo de situação. Emboras as piadas continuem afiadas, eles estão mais velhos, mais maduros. Little Rock é o maior reflexo, não sendo mais aquela garotinha. Sendo assim, ela busca liberdade, mesmo consciente de que o melhor é estar junto de sua família. Mas, com o desgaste devido a anos de convivência, Little Rock se acha capaz de se aventurar sozinha com o hippie Berkeley.

Zumbilândia – Atire Duas Vezes funciona pela naturalidade e sintonia do elenco. Woody Harrelson continua deveras divertido e sua performance ganha mais destaque quando encontra sua versão feminina na figura de Rosario Dawson, uma das novas personagens do filme. Falando em novidades, Zoey Deutch está divertidíssima como Madison, roubando todas as cenas em que participa. O longa ainda cria versões tresloucadas de Columbus e Tallahassee nas figuras interpretadas por Thomas Middleditch e Luke Wilson.

Na parte estética, o longa continua eficaz. Os textos se fundindo nas cenas foi mantido, com leves atualizações. Ou seja, a ótima receita de bolo do primeiro filme foi mantida, demonstrando está mais saborosa. Já que os zumbis estão mais evoluídos, o longa usa e abusa do slow-motion nas sequências explosivas de ação.

Por fim, Zumbilândia – Atire Duas Vezes soa como um reencontro de amigos de infância, que decidem colocar o papo em dia, relembrando momentos divertidos e (porque não?) constrangedores. Se você esperava rever esse quarteto novamente nas telonas, vai se divertir tanto quanto se divertiu no primeiro longa.

Ps: O filme possui uma cena durante os créditos finais. E a cena valerá seu ingresso.

4

Ótimo

Zumbilândia – Atire Duas Vezes soa como um reencontro de amigos de infância, que decidem colocar o papo em dia, relembrando momentos divertidos e (porque não?) constrangedores. Se você esperava rever esse quarteto novamente nas telonas, vai se divertir tanto quanto se divertiu no primeiro longa.