A verdade é que depois de assistir a esse episódio não tem muito o que falar, só sentir… Mas vou me lançar ao desafio de tentar explicar o que A Batalha dos Bastardos significou para Game of Thrones e mesmo para a história da televisão.
Um episódio que tem voo de dragões, não precisa entregar mais nada pra mim. Logo no início eu já estava mais do que feliz. Não esperava por esse presente, ainda mais quando o foco era a batalha por Winterfell. Acontece que os produtores me surpreenderam ao tornar isso tudo mais épico abordando o plot de Danny de maneira relevante.
Vamos ao episódio.
Meereen
Após Daenerys chegar, faltava algo realmente forte vindo da personagem como governante. Achei interessante ela não ter focado em apontar os erros de Tyrion e sim mostrar a ele como se executa um bom plano (dele por sinal) e tomar a cidade de volta. Acontece que nem os mais otimistas poderiam esperar uma cena tão grandiosa nesse arco, em um episódio que estávamos esperando por Winterfell, Meereen mostra toda a força de Danny e seus dragões em cenas recheadas de efeitos visuais e maravilhoso voo de três dragões. Finalmente os filhos da Não Queimada se encontram nos ares e foi muito espetacular mesmo.
Muito bom também as conversas de Tyrion com Danny e depois, todo o diálogo do encontro dos Greyjoy com a Targaryen. Interessante o lembrete do anão sobre o pai dela e depois, ela usou essa informação para falar sobre pais ruins com Yara. A postura de Theon continua a ser de submissão à irmã, espero que ele encontre seu espaço e não haja retrocesso em sua personalidade, que ele mantenha-se firme como o novo Theon Greyjoy.
Uma aliança importante para os dois lados, afinal, Danny faz seu primeiro acordo com uma casa grande de Westeros e Yara garante apoio de dragões para sua causa. Vamos ver o que sai disso tudo. Fora o ship do casal Yaerys.
Winterfell
Entre erros e acertos, os Starks retomaram Winterfell, mas o preço foi alto. Em primeiro lugar, não há como não citar a grandiosidade de toda a sequência da batalha, a HBO não ficou para trás em nada com relação a Hollywood, podendo ser essa, inclusive, a maior batalha da ficção no geral. Fomos transportados diretamente para o epicentro da luta, de uma forma que ficamos tão sufocados quanto Jon Snow.
Mas antes, vou lamentar a perda de Rickon, o mais jovem Stark só voltou mesmo para morrer e nos mostrar o último ato de maldade de Ramsay. Mas quem não torceu para o menino correr em zigue-zague ou fazer qualquer coisa para escapar das flechas? Quem sabe se o cavalo de Jon fosse mais veloz, enfim, não deu. E não deu tempo de chorar a morte de Rickon já que tantas outras coisas estavam acontecendo por ali.
Sansa está cada vez mais fria, por tudo que já viveu até aqui. Ela foi bem realista com relação a Rickon, principalmente, visando herdar Winterfell. E ainda, ela vê os planos de batalha de Jon e não avisa que um exército grande estava a caminho. Ok, ela não tinha certeza, mas podiam ter esperado mais um dia e aí, a batalha seria mais igual, mas ok, a emoção não seria a mesma rs.
O embate do exército e depois o cerco em que Jon Snow se meteu foi sufocante e épico. Que cenas maravilhosas! Eu estava pulando no sofá, pedindo para o selvagem Tormund continuar vivo e claro, Jon Snow achar uma saída. Graças a Mindinho o fim não foi completamente trágico e vimos Ramsay sair com o rabo entre as pernas.
E daí, tivemos que nos despedir de mais um personagem, Wun Wun, o último gigante se sacrificou para arrebentar os portões de Winterfell e Jon finalmente ter o seu homem a homem com o covarde Bolton. Nos socos de Jon estavam os socos de todos nós que odiamos o safado há muito tempo. Eu torci por um final diferente, talvez com Sansa já o matando ali mesmo. Mas, ainda nos estava reservada mais uma cena brilhante e assustadora.
Sansa confronta seu vilão e o dá uma morte que ele merecia, nas bocas de seus cães. Mas antes, ela faz um discurso forte, “suas palavras desaparecerão, sua casa desaparecerá, seu nome desaparecerá, as memórias sobre você desaparecerão”, talvez desejando que isso seja real nela. Só fiquei assustada com a psicopatia de Lady Sansa com aquele sorriso no rosto após matar Ramsay, não que eu não estivesse sorrindo. Mas essa não é uma postura que Ned Stark aprovaria, por exemplo.
Agora, partimos para o último episódio, em que Mindinho já está cobrando Sansa pela ajuda, Davos colocando Melisandre contra a parede, por conta da morte de Shireen, Cersei e Loras prestes a serem julgados pela Fé, Jaime ao redor de muitos Freys e um enfoque em Bran. Vamos esperar por um fim digno dessa temporada de cenas tão significantes.