Ler é Bom, Vai! Arena, de Alexandre Callari e Alan Patrick Ler é Bom, Vai! Arena, de Alexandre Callari e Alan Patrick

Ler é Bom, Vai! Arena, de Alexandre Callari e Alan Patrick

Divulgação/Pipoca & Nanquim

Arena é o mais novo quadrinho original da editora Pipoca & Nanquim. A história começou a ser desenvolvida por Alexandre Callari, um dos editores do Pipoca, quando originalmente seria um livro em 2011. O tempo passou e o editor que foi lutador de artes marciais na juventude decidiu lançar no formato de quadrinho junto com o artista Alan Patrick.

Ler é Bom, Vai! Arena, de Alexandre Callari e Alan Patrick
Divulgação/Pipoca & Nanquim

Arena é uma história semibiográfica adaptando algumas experiências pessoais de Alexandre Callari em seus tempos de lutador. Assim como o protagonista Rômulo, ambos tiveram suas carreiras interrompidas por um grave acidente que o impossibilitaram de competir em grandes torneios. Tendo como base o filme Rock – Um Lutador, é um quadrinho que vai muito além de uma história sobre MMA. Na verdade, a competição que dá nome ao título da HQ, serve como pano de fundo para contar a trajetória de Rômulo.

No enredo, Rômulo trabalha como instrutor de defesa pessoal em uma academia de São Paulo. Aos 39 anos, ele já viu que seu tempo como lutador passou depois do grave acidente que sofreu aos 19 anos. Porém, ele é convidado por José Prado, um antigo colega de tatame, a participar do Arena, um torneio de MMA que promete ser o maior da América do Sul. Com receio de voltar ao ringue, Rômulo acaba aceitando porque sabe que precisa enfrentar um grande oponente: ele próprio.

O roteiro de Alexandre Callari trabalha com eficiência a personalidade dos personagens. Somando com a excelente arte em preto e branco de Alan Patrick, o leitor acompanha uma fera adormecida que precisa despertar. Entre uma página e outra a imagem de Rômulo se mistura com a de um lobo. Ambos são feras solitárias, indomáveis e prontos para atacar quando intimidadas.

A relação de Rômulo com a prostituta e dançarina Ana Maya é um dos pontos altos da história, quando finalmente o lutador expõe suas fragilidades, assim como Ana também expõe as dela. É uma relação de troca que motiva o leitor a torcer pela felicidade dos dois.

Para os fãs de cultura de pop, Arena está repleto de alguns easter eggs, como a presença dos editores do Pipoca & Nanquim, Bruno Zago, Daniel Lopes e Alexandre Callari. Até Seu Madruga, Chaves e Rocky Balboa aparecem em algumas páginas.

Mais que uma HQ indicada para os fãs de artes marciais, Arena é uma obra para todo o público, pois trata de um tema universal, a superação. O final da história pode parecer clichê, mas é muito funcional. É sobre nunca deixar o tempo limitar os seus sonhos.


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