Um dos grandes acertos da Intrínseca foi trazer Oblivion Song, nova HQ de Robert Kirkman, criador de The Walking Dead, para o Brasil. O Volume Um – Canção do Silêncio reuniu os seis primeiros fascículos da série que está a todo vapor no mercado estadunidense pela Skybound, selo de Kirkman dentro da Image Comics.
Um ano depois chega Oblivion Song: Entre Dois Mundos – Vol. 2, edição novamente lançada pela Intrínseca, reunindo os fascículos #7 a #12.
O Volume 2 inicia com um flashback surpreendente, mostrando mais do passado de Nathan Cole e da sua experiência científica com um grupo dos melhores especialistas. Somos surpreendidos de que Nathan carrega um pesado fardo sobre os 300 mil habitantes da Filadélfia transportados para Oblivion, uma nova dimensão que surgiu de forma inexplicável e destruiu áreas da cidade.
Diferente de The Walking Dead, onde Robert Kirkman manteve mistério sobre a origem do apocalipse zumbi, em Oblivion Song Vol. 2 o autor explica como tudo aconteceu, o que deixa a história ainda mais instigante. Antes visto como herói, as motivações de Nathan revelam ser egoístas e seu objetivo é apenas limpar a sujeirada que fez.
A arte de Lorenzo De Felici está soberba, capaz de transmitir o ambiente de Filadélfia e Oblivion de forma notória. As páginas são carregadas de momentos empolgantes, utilizando muito bem o uso das cores. Apesar de Oblivion estar em outra dimensão, ela apresenta cores vivas e reluzentes, diferente de Filadélfia, com cores mais escuras, quase que sem vida.
AÍ está a grande discussão deste Volume 2. Nathan percebe que os habitantes de Oblivion não querem ser resgatados. Apesar das criaturas assustadoras, os habitantes de Oblivion convivem com algo raro, o silêncio. O ambiente calmo trouxe tranquilidade e uma harmonia para os habitantes, onde todos convivem de forma igualitária, sem hierarquia. Diferente do mundo real, onde tudo está uma bagunça e os valores morais não são respeitados.
Oblivion Song: Entre Dois Mundos – Vol. 2 parecia dar um desfecho, mas a página final abre um leque para algo ainda mais grandioso e surpreendente. E conhecendo Kirkman, coisa boa vem por aí!