Lady Killer, HQ de Joëlle Jones e Jamie S. Rich, foi uma das grandes surpresas em 2019 da Darkside Books. O primeiro volume seguiu a trajetória incomum de Josie Schuller, uma dona de casa na América dos anos 60. Contudo, ela esconde o segredo de ser uma assassina de aluguel no melhor estilo femme fatale.
Agora ao lado de Michelle Madsen, Joëlle Jones repete e aumenta a dose de violência slasher, ao mesmo tempo que consegue divertir por construir personagens carismáticos.
Lady Killer – Vol. 2 se passa logo após os eventos de Volume 1, onde o segredo de Josie foi descoberto pela sogra. A dona de casa decide se mudar com a família para Cocoa Beach, na Flórida, onde as coisas continuam um pouco como era antes: Josie trabalha vendendo Tupperware, cuida da família e vai colecionando alguns cadáveres pelo caminho. Contudo, ela agora trabalha sozinha, onde precisa ser mais cuidadosa e letal. Mas, uma figura do passado da assassina aparece e oferece uma proposta irrecusável. Josie nem se dá conta que a parceria terá consequências não tão boas para sua família.
O Vol. 2 surpreende por trazer uma história mais concisa, com traços e cores mais vivos, graças ao trabalho impecável de Michelle Madsen. Aproveitando o cenário sessentista e o clima do american way of life, a HQ explora o passado de Josie, fazendo o leitor compreender suas motivações. O flashback com sua mãe é direto e deixa o recado para as mulheres nunca ficarem caladas, que busquem seu espaço e lutem por ele. Nunca dependa de um homem para conseguir alguma coisa.
A narrativa é frenética e com reviravoltas surpreendentes. Um dos principais momentos é a sogra de Josie, que mostra ser muitos mais do que uma velha rabugenta. Seu papel na história acaba se tornando fundamental.
Depois de um incrível e sangrento duelo com seu algoz, Josie não tem um final feliz. Ela finalmente sente na pele as consequências de uma vida dupla. E pra piorar, uma outra figura do passado dá as caras, sendo um baita gancho para o volume 3 da HQ. Estamos esperando a continuação pra ontem!