Um clássico dos quadrinhos europeus de ficção científica. Assim podemos definir Cinco por Infinito, do espanhol Esteban Maroto (Espadas e Bruxas). O lançamento chegou numa edição enorme e caprichada da Editora Pipoca e Nanquim.
Cinco pessoas são reunidas por um membro de uma raça alienígena ancestral, chamado Infinito, para salvarem a Terra. Eles são Altar, um cientista, Órion, um guarda-costas, Aline, uma psicóloga, e o casal Sírio, um dublê, e Hidra, uma modelo. Cada um tem uma habilidade específica, que será usada durante Cinco por Infinito.
Depois de resolvido o problema do capítulo inicial, os Cinco por Infinito vão viajar pelo universo, conhecendo diversas civilizações e planetas, com claras influências de ficção científica dos anos 1960. Devido a paixão de Esteban Maroto por fantasia, da metade em diante começamos a ver elementos cada vez mais fantásticos e mágicos, numa divertida combinação de gêneros.
Apesar das histórias serem divertidas e inteligentes, apesar de um pouco datadas, é a arte de Esteban Maroto que é o destaque. Sua figura humana – em especial suas belíssimas mulheres – , suas naves elegantes, sua narrativa gráfica bastante inovadora, principalmente sequências de sonhos. Fugindo dos clássicos quadros definidos por linhas, seus quadros geralmente se mesclam uns aos outros, criando páginas belíssimas.
Apesar de bastante caro, Cinco por Infinito é um quadrinho de muita qualidade, para ser lido e estudado. Obrigatório para os amantes da Nona Arte.