Ler é Bom, Vai | As Sobreviventes, de Riley Sager, é um excelente thriller policial

Depois de escrever sobre Assassinato no Expresso do Oriente, resolvi ler As Sobreviventes, de Riley Sager. O livro me foi enviado pela Editora Gutenberg, umas das editoras maravilhosas do Grupo Autêntica e, serei eternamente grata por o terem colocado na minha estante. Ainda não li nenhuma informação a respeito de uma possível adaptação cinematográfica, mas espero que aconteça. Enquanto lia, consegui visualizar as emoções e descrições de Quincy em uma tela de cinema, com direito a trilha sonora de suspense e momentos de pavor. Mais um romance policial chega ao Ler é Bom, Vai!

Como não amar um livro descrito por ninguém menos do que Stephen King, como o melhor thriller de 2017? Serei obrigada a discordar do autor quanto ao superlativo, mas As Sobreviventes definitivamente se encaixa entre os primeiros do ranking. Desde o momento em que li o primeiro capítulo, soube que seria uma dessas histórias que não me deixaria dormir.

“Há dez anos, a estudante universitária Quincy Carpenter viajou com seus melhores amigos e retornou sozinha, foi a única sobrevivente de um crime terrível. Num piscar de olhos, ela se viu pertencendo a um grupo do qual ninguém quer fazer parte: um grupo de garotas sobreviventes com histórias similares. Lisa, que perdeu nove amigas esfaqueadas na universidade; Sam, que enfrentou um assassino no hotel onde trabalhava; e agora Quincy, que correu sangrando pelos bosques para escapar do homem a quem ela se refere apenas como Ele”

Como descrito na sinopse, As Sobreviventes conta a história de três garotas, Quincy, Lisa e Samantha. Apesar de serem completamente divergentes, uma tragédia no passado de cada uma as fez membros de um único grupo, o das Garotas Remanescentes. As três foram as únicas sobreviventes de diferentes chacinas, em diferentes datas e diferentes lugares nos Estados Unidos. Apesar de tantas discrepâncias, nos três casos o assassino foi morto e as sobreviventes permaneceram traumatizadas pelo resto da vida. Não é de se estranhar que Quincy, Lisa e Sam tenham se tornado alvo de programas de fofoca, jornais sensacionalistas e qualquer tipo de reportagem que desse audiência.

A história é voltada para uma das garotas, Quincy, conhecida como a sobrevivente do massacre no Chalé Pine. Diferente das outras, ela não consegue se lembrar de nada o que aconteceu naquela noite, principalmente a identidade do assassino. As memórias permaneceram enterradas no passado até um acontecimento obrigá-la a reviver aqueles momentos. Como bom livro de mistérios, será apenas nas últimas páginas em que tudo ficará claro para Quincy – e para nós. De todas as possibilidades que tentei imaginar para o culpado, nada chegou perto do desfecho que Sager criou.

Buscando não criar uma atmosfera artificial e confusa, o autor alterna entre o passado e o presente da história, indo desde a noite no Chalé Pine até os dias atuais. Isso só atiça a curiosidade do leitor, que tenta de todas as maneiras chegar ao final da trama. Todos são suspeitos e ninguém parece ser cruel o suficiente, razão pela qual a solução do mistério é tão chocante.

“Você não pode mudar o que aconteceu.
A única coisa que pode controlar é a maneira como lida com isso.”

As Sobreviventes é definitivamente o tipo de livro nos faz virar página por página até chegar aos Agradecimentos. Quando menos percebemos, a história acaba e nos pegamos desejando que ainda houvesse mais e mais capítulos. Stephen King não errou ao recomendar a leitura de Sager e agora só nos resta torcer por uma adaptação cinematográfica.

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