A ascensão dos Vingadores nas HQs

Os maiores heróis da Terra nem sempre foram os maiores. Hoje, os Vingadores são sucesso em todas as mídias possíveis (até aparelhos de barbear temáticos foram feitos), mas nem sempre essa foi a realidade do grupo.

Criados em 1963 por Stan “The Man” Lee e Jack “The King” Kirby, os Vingadores nasceram para fazer contra ponto a Liga da Justiça da DC Comics e apesar da premissa de serem o maior grupo da Marvel, as vendas e o interesse do público não eram compatíveis com essa aspiração.

Os Vingadores de Stan Lee e Jack Kirby

O Homem-Aranha e os X-Men (a partir da chegada de Chris Claremont e Jonh Byrne) eram os carros chefes da Marvel. Os X-Men dominaram o cenário da editora nos anos 80 e 90 e o Homem-Aranha sempre teve boas vendagens, mesmo com sagas duvidosas (pensar em clones ainda é complicado).

Apesar desse cenário, os Vingadores tiveram ótimas histórias entre elas, podemos citar: a Guerra Kree-Skrull, uma das primeiras sagas cósmicas a permear todo o Universo Marvel; a Saga de Korvac, em que o personagem título ganha poderes de um deus e ameaça toda a realidade como a conhecemos; A Vingança de Ultron, uma das melhores histórias do Robô homicida e outras mais.

Bendis e Millar

No começo dos anos 2000, Brian Michael Bendis e Mark Millar vão mudar esse cenário. Millar e o desenhista Bryan Hitch reformularam os Vingadores no Universo Ultimate e os transformaram nos Supremos. A modernização proposta pelo escritor escocês mudou totalmente a visão do público sobre os maiores heróis da terra e, alçou o título a um dos principais da Casa das Ideias com sua linha tênue entre heróis e anti-heróis, seus debates sobre ecologia protagonizados por Thor e sua moderna visão de guerra personificada na figura do Capitão América. O título também serviu de base para o filme de 2012.

Os Supremos

Mark Millar ainda contribuiu com a saga Guerra Civil, que sem dúvida alguma é uma das melhores histórias dos Vingadores e do Universo Marvel nos últimos dez anos e, que será adaptada para o cinema em Capitão América – Guerra Civil.

Já Bendis, reformulou os Vingadores no universo tradicional e sua primeira saga já começa destruindo tudo. Em Vingadores – A Queda, os heróis são atacados por todos os lados por uma força desconhecia, ou seria conhecida, as baixas e os problemas se acumulam, forçando a dissolução da equipe, claro que a debandada dos heróis não seria permanente e então, surgem os Novos Vingadores.

Vingadores – A Queda

Em Novos Vingadores – Motim, uma situação crítica surge e uma equipe formada totalmente ao acaso dá conta do recado de forma satisfatória. Com essa premissa, o Capitão busca reunir o mesmo time que era formado pelo próprio Capitão América, Homem de Ferro, Homem – Aranha, Demolidor, Luke Cage, Mulher – Aranha e o Sentinela depois, Wolverine também entrará na equipe. O destaque da história fica por conta das interações dos personagens principalmente, o Aranha com os demais (não é por acaso que nos queremos o Amigão da Vizinhança no grupo) e o roteiro excelente de Bendis junto com a boa arte de David Finch fecham o pacote.

Os Novos Vingadores – Motim

Hoje, graças a esses dois roteiristas e tantas outras pessoas (Stan Lee, Jack Kirby, Joss Whedon, Robert Downey Jr., Roy Thomas, Kurt Busiek, Jim Shooter, David Michelinie e todos que contribuíram para o crescimento dos maiores heróis da terra) os Vingadores são a principal equipe da Marvel e por fim, só me resta dizer: Avante Vingadores!