Sean Connery partiu hoje para o descanso eterno. Em vida, o ator escocês nos deixou um legado de papeis icônicos com o primeiro James Bond do cinema, o imortal Juan Sanchez Villa-Lobos Ramirez em Highlander, o pai de Indiana Jones em A Última Cruzada e o premiado papel de Jim Malone em Os Intocáveis.
Contudo, no início dos anos 2000, quando Sean Connery se preparava para o fim de sua carreira cinematográfica, ele recebeu uma proposta irrecusável para viver o mago Gandalf na trilogia O Senhor dos Aneis.
O escocês receberia US$ 450 milhões e ganharia 15% da bilheteria para todos os três filmes. Caso aceitasse o papel, seria o maior cachê de sua carreira. Mas Sean Connery recusou e Ian McKellen ficou com o papel de Gandalf.
Sean Connery explicou que recusou a oferta porque não entendeu a proposta do filme.
“Eu nunca entendi. Eu li o livro. Eu li o roteiro. Eu vi o filme. Eu ainda não entendo. Ian McKellen ficou maravilhoso nele”, disse o ator.
Anos mais tarde, o ator viveu o explorador Allan Quatermain em A Liga da Extraordinária, se tornando um fiasco de bilheteria e crítica. A ideia seria do ator encabeçar uma franquia como seria com O Senhor dos Aneis, mas acabou que a adaptação da HQ de Alan Moore se tornou o último grande papel de sua carreira.
Sean Connery também ficou conhecido por papeis de filmes na era medieval como Robin Hood: O Príncipe dos Ladrões e Coração de Dragão. Ele acabou sendo nomeado cavaleiro em 2000 por serviços prestados à indústria cinematográfica, uma honra que teria recebido anos antes se não fosse pela força de suas opiniões políticas; Connery era um defensor vocal da independência da Escócia, apoiando o Partido Nacionalista Escocês pró independência.
O ator partiu aos 90 anos, deixando seu filho, Jason Connery, e sua terceira esposa, Micheline Roquebrune.