Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa | Crítica Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa | Crítica

Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa | Crítica

Divulgação/Sony Pictures/Marvel Studios

Desde a inédita parceria entre Sony e Marvel para produzir os filmes do Homem-Aranha e usa-lo no MCU, Kevin Feige sempre mencionou que esta nova versão do herói seria bastante diferente da trilogia de Sam Raimi e do reboot de Marc Webb. No MCU, o Peter Parker seria um adolescente ainda em desenvolvimento. Os eventos de Guerra Civil e Vingadores: Guerra Infinita e Ultimato iriam traçar a jornada do herói.

Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa | Crítica
Divulgação/Sony Pictures/Marvel Studios

Foi necessário todo o apadrinhamento e dependência de Tony Stark. Afinal de contas, é um simples garoto com grandes poderes. Depois de assistir Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa, fica claro que Homem-Aranha: De Volta ao Lar e Homem-Aranha: Longe de Casa foram apenas histórias introdutórias para esse terceiro filme.

Depois desse preâmbulo, fica o aviso que a crítica do filme não contém spoilers. 

Homem-Aranha: Sem Volta para Casa se passa logo depois da cena pós-créditos de Longe de Casa. Peter Parker (Tom Holland) é desmascarado e não consegue mais separar sua vida normal dos grandes riscos de ser um super-herói. Com receio de colocar as pessoas que ama em perigo, como a namorada MJ (Zendaya) e o melhor amigo Ned (Jacob Batalon), o garoto pede ajuda ao Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) para utilizar um feitiço e desfazer toda a bagunça que tornou sua vida. Contudo, o feitiço do mago supremo dá errado e vilões de outros universos do teioso começam a aparecer.

Depois do roteiro vazado e muitas imagens que caíram na rede, o hype em volta do filme só aumentou. A partir daí, inúmeras teorias dos fãs tomaram conta das redes sociais sobre a trama do filme. A Sony Pictures soube muito bem trabalhar no marketing, não entregando absolutamente nada da história. Não é uma tarefa fácil para os estúdios, mas com Homem-Aranha: Sem Volta para Casa os fãs vão sair surpreendidos e satisfeitos com o resultado.

Novamente dirigido por Jon Watts, o filme é um grande evento do herói. Não apenas por encerrar a trilogia, mas pela presença de vilões clássicos dos filmes anteriores como Willem Dafoe (Duende Verde) e Alfred Molina (Doutor Octopus). Watts entrega seu melhor filme, sabendo dosar os muitos personagens que aparecem na trama e com o espaço para cada um ter o seu momento.

Para quem assistiu os filmes de Sam Raimi, é um deleite ver novamente Duende Verde e Doutor Octopus em cena. Dafoe e Molina surgem a vontade no papel, nem parecendo que já fazem quase 20 anos que os interpretaram.

Ponto positivo para Watts, que nos filmes anteriores falhava em transições de cenas para o humor e ação, aqui soube o momento certo para a nostalgia, emoção, humor e ação. Watts aposta na boa fé do público para as conveniências que existem no roteiro, todas elas com a presença do Doutor Estranho. São nesses momentos que o filme fica dividido entre a história principal e os eventos que surgem motivados pelo feitiço do Mago Supremo.

Homem-Aranha: Sem Volta para Casa traz o conceito básico dos quadrinhos do herói. O que é ser o Homem-Aranha? Lembram de “com grandes poderes vem grandes responsabilidades?” – Bem, tudo isso é bem inserido na narrativa e Tom Holland brilha no papel. O ator entrega sua melhor atuação. Assim como Peter Parker, ele também amadureceu e notamos muito bem no filme. Outro detalhe importante é que Holland está na maioria das vezes sem a máscara. Não foi a toa. A câmera busca os olhos e reação do ator para mostrar ao público o sentimento do personagem em cena.

Voltando a Sony, nem parece que se trata do mesmo estúdio responsável por Venom. Enquanto os dois filmes do simbionte possuem uma péssima narrativa e efeitos visuais grotescos, Homem-Aranha: Sem Volta para Casa é o inverso. Além da boa construção de personagem já citada, os efeitos visuais são de tirar o fôlego. A dica é pegar a melhor sala de cinema e aproveitar ao máximo (seguindo todos os protocolos de segurança).

Michael Giacchino compôs a trilha sonora, uma das melhores de todo o MCU. São ótimas composições para as sequências de combate, drama, humor e nostalgia. Um trabalho impecável do compositor. Haverá momentos de pura emoção. Uma junção perfeita de trilha e cena.

Homem-Aranha: Sem Volta para Casa entrega a melhor aventura do amigo da vizinhança na trilogia e marca a evolução do personagem dentro do MCU. Vai além de ser apenas mais um filme de herói. Há temas importantes como amadurecimento, decisões e legado. Por fim, não deixa dúvidas que Tom Holland é o Homem-Aranha para a nova geração.

P.s: Há duas cenas durantes os créditos do filme que são deveras importantes para a nova jornada de Peter e o futuro do MCU. 

4

ÓTIMO

Homem-Aranha: Sem Volta para Casa entrega a melhor aventura do amigo da vizinhança na trilogia e marca a evolução do personagem dentro do MCU. Vai além de ser apenas mais um filme de herói. Há temas importantes como amadurecimento, decisões e legado. Por fim, não deixa dúvidas que Tom Holland é o Homem-Aranha para a nova geração.