Crítica | Poderia me Perdoar? – Melissa McCarthy em brilhante atuação

Melissa McCarthy é uma talentosa comediante. Isso todos já sabem. Mas a atriz indicada ao Oscar deste ano, também desempenha papeis dramáticos em alguns filmes, mas faltava aquele filme em que ela finalmente conseguisse um protagonismo à altura. Em Poderia me Perdoar? a atriz interpreta uma personagem real e que usa do senso de humor para esconder sua melancolia e solidão na meia-idade. McCarthy navega de forma sublime entre o bom humor e a dramaticidade.

O Filme

Poderia me Perdoar? é baseado no livro de memórias do mesmo nome de Lee Israel, biógrafa que ganhou destaque nos anos 60, 70 e 80, mas que foi perdendo espaço no início dos anos 90. Lutando para sobreviver, ela se depara com a ideia de usar seu talento como escritora para forjar cartas escritas por autores famosos como Dorothy Parker, e depois vendê-las para livrarias em Manhattan. Contudo, a farsa começa a ser desvendada.

O filme comandado por Marielle Heller deixa claro sua capacidade em dirigir um elenco afiado e talentoso. Mesmo com o tema principal da narrativa ser as falsificações, a diretora e o roteiro escrito por Nicole Holofcener e Jeff Whitty abre espaço para o relacionamento de Lee com Jack Hock (Richard E. Grant), que brilha no filme. Assim como Lee, Jack é cheio de vigor e confiança, uma máscara para esconder uma alma triste e solitária – e é por isso que os dois se tornam tão próximos. Mas as farsas e mentiras envenenam os dois.

O que achamos?

Poderia me Perdoar? é um filme que vai além de uma farsante. Não é querer justificar os atos de Lee, mas o longa mostra as consequências de uma mulher fadada à tristeza e solidão. Foi criando mentiras que Lee acreditou ter reencontrado a felicidade, mas ela não estava enganando apenas seu público, mas a si mesma. Suas atitudes foram específicas, mas as emoções e os problemas de Lee são universais.

  • Ótimo
4

Summary

Poderia me Perdoar? é um filme que vai além de uma farsante. Não é querer justificar os atos de Lee, mas o longa mostra as consequências de uma mulher fadada à tristeza e solidão. Foi criando mentiras que Lee acreditou ter reencontrado a felicidade, mas ela não estava enganando apenas seu público, mas a si mesma. Suas atitudes foram específicas, mas as emoções e os problemas de Lee são universais.