Baseado no livro homônimo escrito por Freida McFadden, o suspense A Empregada acompanha Millie Calloway (Sydney Sweeney) indo até uma mansão extremamente opulenta em algum lugar no norte do estado de Nova York, usando óculos falsos para parecer mais madura e ter mais chances de conseguir o emprego de empregada doméstica do casal rico que mora lá. Seu currículo é falso, assim como suas referências. Ela é recebida por uma loira sorridente chamada Nina Winchester (Amanda Seyfried), que parece adorar Millie logo de cara. A possível nova patroa explica que o trabalho envolve cozinhar, limpar e cuidar de sua filha, Cece (Indiana Elle).
Millie consegue o trabalho. A jovem governanta ganha seu próprio quarto no sótão e um celular com o cartão de crédito da família já incluso nele. Mas logo em seu primeiro dia descobre que a casa aparentemente perfeita em sua primeira visita, agora está o caos. E a simpática mulher que a recebeu, agora está gritando de raiva, jogando os pratos pela cozinha e culpando Millie por algo que ela não fez. O belo marido de Nina, Andrew Winchester (Brandon Sklenar), garante a Millie que está tudo bem e ela passa a se sentir fatalmente atraída por ele – e também grata por suas gentis intervenções para evitar que ela seja demitida de um emprego de que tanto precisa. Ela estava morando em seu carro e precisa desse trabalho para manter as regras de sua condicional.
Não é como se a loucura de Nina fosse um segredo total, afinal as vizinhas adoram fofocar sobre o tempo que ela passou em um hospital psiquiátrico e como Andrew é um santo por aguentar uma mulher com esse comportamento. Ele e Millie começam a ficar cada vez mais próximos e já podemos imaginar onde isso vai chegar, principalmente depois de terem ido juntos até a cidade para usar os ingressos da Broadway que não seriam mais usados por Nina. A surpresa é que o jogo de suspense sinuoso e distorcido está apenas começando. É impossível dizer muito mais sem revelar as surpresas chocantes, mas vamos deixar claro que ninguém no triângulo central é exatamente o que parece.
Dirigido por Paul Feig, a partir de um roteiro de Rebecca Sonnenshine baseado no romance extremamente popular de Freida McFadden, o filme vai além dos limites, mas o faz de uma forma extraordinariamente inteligente e consciente. O diretor constrói um palco perfeito para as atrizes interpretarem um dueto que continua dando certo porque continua evoluindo. Começa como uma guerra de classes entre a rica Nina praticamente dominando o fato de Millie não ter nada. E Millie parece uma boa garota com alguns segredos não tão legais, mas ela nos atrai com sua condição de vítima para que estejamos inteiramente do lado dela, mesmo quando nos perguntamos o quão manipuladora ela pode estar sendo.
A Empregada é um suspense psicológico cheio de reviravoltas e nudez, envolto em uma mensagem de empoderamento, cuja trama dá uma guinada inesperada e tudo o que você esperava se transforma em uma grande surpresa. Este é o tipo de filme em que todos parecem ter um segredo, um passado desagradável, um problema e que brinca com as expectativas do público enquanto desmonta, uma a uma, as aparências cuidadosamente construídas de seus personagens. Ele exagera propositalmente e, sem dúvida, é uma boa pedida para se divertir sem culpa!
A Empregada terá sessões antecipadas a partir de 19 de dezembro de 2025 e estreia em 1º de janeiro de 2026, exclusivamente nos cinemas. A pré-venda de ingressos do longa já está disponível.
Bom
A Empregada é um suspense psicológico eficiente que brinca com aparências, usando reviravoltas constantes para manter o espectador sempre em dúvida. Embora sensacionalista em alguns momentos, o filme tem boas atuações e diverte ao subverter expectativas e transformar tudo o que parecia óbvio em surpresa.