Tales of Xillia Remastered marca o retorno de um dos JRPGs mais amados da franquia Tales of, originalmente lançado em 2011, agora revigorado para as plataformas modernas — Nintendo Switch, PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC via Steam. A remasterização chega com o propósito de reacender a chama da nostalgia dos fãs e introduzir novos jogadores ao rico universo de Rieze Maxia, um mundo onde humanos e espíritos coexistem em harmonia. As melhorias gráficas, o sistema de auto-save e o acesso antecipado à Grade Shop oferecem uma experiência mais fluida e moderna, sem comprometer o encanto clássico que conquistou jogadores há mais de uma década.

Recebemos a chave do jogo para PlayStation 5 no dia 31 de outubro, e desde os primeiros minutos de gameplay, a sensação foi de pura revitalização. Tales of Xillia Remastered não apenas mantém intacta sua essência, mas também aprimora detalhes técnicos e de qualidade que tornam a jornada mais acessível e prazerosa. Além disso, a inclusão dos conteúdos adicionais do lançamento original — como trajes alternativos, itens bônus e extras amados pelos fãs — reforça o sentimento de completude que faltava à edição de 2011. E é impossível não mencionar a trilha sonora: ela continua sendo um dos grandes pilares emocionais da experiência, conduzindo o jogador entre batalhas e descobertas com uma melodia inesquecível.
Entretanto, há um deslize imperdoável que mancha o brilho dessa remasterização: a ausência de legendas em português. Em uma época em que a acessibilidade linguística é um requisito básico, é decepcionante ver que a Bandai Namco não ofereceu suporte ao público brasileiro — especialmente quando outros títulos da franquia, como o excelente Tales of Vesperia: Definitive Edition, chegaram localizados. Essa decisão, ainda que não comprometa a jogabilidade, distancia parte da comunidade que esperava finalmente revisitar o game em sua língua nativa.
A narrativa de Tales of Xillia Remastered continua sendo um dos maiores atrativos. A história se divide entre dois protagonistas: Milla Maxwell, uma mulher enigmática acompanhada por quatro poderosos espíritos, e Jude Mathis, um jovem estudante de medicina da capital. Quando os destinos de ambos se entrelaçam, eles descobrem uma terrível conspiração envolvendo o reino de Rashugal, que desenvolveu uma arma capaz de drenar mana — a energia vital do mundo. A trama se desenrola em uma jornada épica repleta de dilemas morais, política, fé e sacrifício, temas que continuam ressoando com força mesmo após tantos anos.
Revisitar Tales of Xillia é reencontrar uma era de ouro dos JRPGs, quando o equilíbrio entre narrativa, gameplay e emoção era tratado com uma sensibilidade única. A abertura icônica, animada ao som de “Progress” de Ayumi Hamasaki, permanece um espetáculo visual e auditivo, evocando memórias de uma geração inteira de jogadores. O sistema de combate em tempo real, característico da franquia, combina ação frenética com estratégias refinadas, permitindo que cada batalha se torne um exercício de tática e ritmo. Mesmo após mais de uma década, o Linear Motion Battle System continua surpreendentemente moderno, especialmente com o desempenho fluido nas novas plataformas.
Tales of Xillia Remastered é um presente para os fãs e um convite irresistível para quem nunca teve contato com a saga. É uma celebração do passado e um lembrete da força narrativa e estética dos JRPGs da Bandai Namco. Apesar da ausência lamentável de legendas em português, o título continua sendo um dos melhores pontos de entrada para o universo Tales of, graças ao seu elenco carismático, enredo envolvente e combate dinâmico. Revisitar Rieze Maxia em 2025 é mais do que uma simples viagem no tempo — é redescobrir o poder da aventura, da emoção e da conexão humana que apenas os grandes RPGs conseguem transmitir.
ÓTIMO
Revisitar Rieze Maxia em 2025 é mais do que uma simples viagem no tempo — é redescobrir o poder da aventura, da emoção e da conexão humana que apenas os grandes RPGs conseguem transmitir.