Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo | Crítica

Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo, a tão aguardada epopeia de ficção científica dividida em duas partes sob a direção de Zack Snyder, prometia ser o épico espacial que os fãs ansiavam, mas não conseguiu cumprir suas promessas. A Netflix investiu pesadamente nesse projeto, que foi inicialmente concebido como um filme de Star Wars, rejeitado por vários estúdios antes de encontrar um lar na plataforma de streaming.

O marketing ao redor do filme na CCXP23 foi excepcional, com a presença cativante do diretor e elenco, mas a realidade é que Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo é uma decepção, e compará-lo com obras como Star Wars é, no mínimo, desrespeitoso. O filme parece mais uma tentativa genérica de replicar o sucesso de George Lucas, lembrando produções como o “icônico” Star Crash de 1978.

A premissa de Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo tinha potencial, mas as duas horas desse primeiro capítulo carecem de uma narrativa envolvente. Na trama, quando uma colônia pacífica em uma galáxia distante se vê ameaçada por uma força tirana, a misteriosa Kora (Sofia Boutella) passa a ser a única esperança de sobrevivência. Com a missão de encontrar guerreiros para enfrentar esse inimigo colossal, Kora reúne um pequeno bando de insurgentes, deslocados, camponeses e órfãos de guerra de vários mundos que têm dois objetivos em comum: redenção e vingança. Enquanto a sombra do reino avança sobre a lua mais improvável de todas, começa a batalha pelo destino de uma galáxia, que depende deste novo exército de heróis.

Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo apresenta diálogos fracos e motivações pouco convincentes para a formação da equipe de rebeldes liderada por Kora. Os personagens, carentes de desenvolvimento de fundo, surgem como meras marionetes sem conseguir estabelecer uma conexão genuína com o espectador.

Sofia Boutella, apesar de seus esforços, não consegue elevar a qualidade do filme devido ao roteiro frágil. O único personagem que consegue criar algum tipo de conexão é o robô Jimmy, destacando-se em comparação com o elenco humano pouco cativante.

As sequências de ação, embora contenham o característico slow motion de Zack Snyder, carecem de criatividade na maior parte do filme. As sequências de ação, embora marcadas pelo característico slow motion de Zack Snyder, carecem de criatividade, e é apenas no desfecho do filme que a trama oferece momentos empolgantes. Infelizmente, esses pontos positivos são intercalados por uma narrativa tão frágil que compromete a consistência do projeto.

Em última análise, Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo acaba sendo um filme descartável, considerando que uma versão estendida do diretor será disponibilizada posteriormente na Netflix. É mais um caso em que o filme busca corrigir seus erros por meio de uma versão prolongada. Resta-nos esperar que Rebel Moon – Parte 2 – A Marcadora de Cicatrizes, com estreia marcada para abril no streaming, consiga reverter a decepção, pois o primeiro capítulo está longe de alcançar o status de grande evento na cultura pop que almejava ser.