Luis Miguel - A Série | Crítica | Luis Miguel - A Série | Crítica |

Luis Miguel – A Série | Crítica |

Divulgação/Netflix

Luis Miguel – A Série é mais um retrato da Netflix de um famoso nome latino. Lançada em 2018, a série abriu espaço para outras produções com olhos para a américa latina como o ótimo Selena.

Luis Miguel - A Série | Crítica |
Divulgação/Netflix

Dividida em três temporadas, a última lançada nesta quinta-feira, 28, a série acompanha toda a trajetória de Luis Miguel, cantor nascido em Porto Rico, mas criado no México e que se tornou um dos grandes do mercado fonográfico latino.

Diego Boneta (Rock of Ages, Monster Hunter) foi escalado para interpretar o cantor. E foi um grande acerto dos produtores. Não apenas pela semelhança física com Miguel, mas por ele também ser um cantor. Todas as músicas da série são performadas por Boneta, ganhando elogios dos fãs e do próprio Luis Miguel.

Quando se trata de biografias para o Cinema ou TV de um artista (ainda vivo) é normal que muita coisa fique de fora, principalmente as polêmicas. Não é o caso de Luis Miguel – A Série, que não esconde os podres do artista, principalmente suas relações amorosas, como o namoro com Mariah Carey, e sua forma egocêntrica de lidar com a fama.

Ao longo de três temporadas, a série pontua que o comportamento do artista vem desde a infância conturbada com o pai e o misterioso sumiço da mãe quando Luis Miguel começou a despontar na carreira. Fato é que o cantor jamais superou os problemas familiares, sendo inevitável que ele pagaria o preço.

A terceira temporada com seis episódios é a melhor da série com o artista sofrendo pelas más decisões que tomou ao longo da carreira. A série também resgata o momento que o cantor recusou interpretar o Zorro no filme A Máscara do Zorro de 1998. Uma tentativa frustrada da cantora e namorada Mariah Carey fazer com que Luis Miguel se tornasse uma figura mais popular nos Estados Unidos. Fato que ele recusou o papel por mero capricho e o espanhol Antonio Banderas estrelou o filme de sucesso.

Luis Miguel poderia ser maior do que ele se tornou. Mas, todas as suas escolhas foram tomadas para alimentar o seu ego. Os últimos episódios da série surpreendem por mostrar a negociação para a produção da série de TV da Netflix, quase sendo uma quebra da quarta parede. A série foi uma tentativa do cantor voltar ao mercado e realizar mais shows. E deu certo e o cantor continua realizando seus shows. Por fim, o único local que sempre esteve feliz e a vontade é no palco com o seu público.

Com performances musicais notáveis de Diego Boneta que entrega sua performance da carreira, Luis Miguel – A Série pode ser definida pela frase do pensador Epicuro. “Nada é bastante ao homem para quem tudo é demasiado pouco”.

4

ÓTIMO

Com performances musicais notáveis de Diego Boneta, que entrega sua performance da carreira, Luis Miguel – A Série pode ser definida pela frase do pensador Epicuro. “Nada é bastante ao homem para quem tudo é demasiado pouco”.