Crítica | Warcraft – O Primeiro Encontro entre Dois Mundos é um começo interessante para o gênero

Warcraft – O Primeiro Encontro entre Dois Mundos tinha uma missão, no mínimo ingrata, começar com maestria as boas adaptações de jogos de videogame (apesar de ser um jogo de PC) e conseguir transpor a rica mitologia do universo para o cinema tanto para os fãs, quanto para o público em geral. Confesso que não conheço basicamente nada do lore de Warcraft, mas como fã de filmes de fantasia, saí do cinema querendo conhecer mais sobre esse universo.

Se encararmos o longa apenas como um filme de universo fantástico, podemos dizer que ele entrega o que promete e seu visual é um dos pontos que mais o diferenciam de outras produções. Entretanto, o começo da trama apresenta vários conceitos, que podem excluir o grande público do resto da história, principalmente os relacionados a magia. Isso é uma das grandes falhas do filme, que parece ser algo feito pensando-se nos fãs da franquia e, em menor escala, nos apreciadores de mitologia fantástica.

Apesar desse problema, basta apenas um olhar mais atento e livre de preconcepções para mergulhar de cabeça nesse universo extremamente interessante. É clara a influência de Senhor os Anéis na construção dessa mitologia (apesar de isso ser algo básico em qualquer universo fantástico), mas o filme falha em explicar coisas simples e por mostrar situações, que parecem apenas ter um apelo para o público nichado de Warcraft.

Em contrapartida, o que mais chama a atenção é o visual estonteante e vibrante do filme, que é um elemento diferenciador na moda repetitiva do “sombrio e realista”. Os orcs e os cenários em geral são extremamente bem feitos e verossímeis, passando uma profundidade interessante para a trama e mostrando mais uma vez a competência ímpar da Weta para efeitos especiais.

Warcraft

Talvez o maior defeito de Warcraft, seja o seu fraco desenvolvimento de personagens. As relações parecem artificiais e pouco verdadeiras, especialmente no núcleo dos humanos, sem falar a motivação do vilão, que é pouco clara e contraditória. Isso pode ser resultado da filmagem longa de Duncan Jones, que sofreu um corte final de quase 40 minutos.

Warcraft – O Primeiro Encontro entre Dois Mundos começa com competência a onda de bons filmes de jogos, mas a futura sequência deve se preocupar em abraçar o público em geral, buscar um melhor desenvolvimento de conceitos e de personagens e, ao mesmo tempo, honrar a rica mitologia desse universo para os fãs da Aliança e da Horda.

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  • Bom
3

Resumo

Warcraft – O Primeiro Encontro entre Dois Mundos começa com competência a onda de bons filmes de jogos, mas a futura sequência deve se preocupar em abraçar o público em geral, buscar um melhor desenvolvimento de conceitos e de personagens e, ao mesmo tempo, honrar a rica mitologia desse universo para os fãs da Aliança e da Horda.