Crítica | O Espaço Entre Nós: uma aventura interplanetária sobre gratidão e amor

Tulsa (Britt Robertson) rides with Gardner (Asa Butterfield) on her motorcycle

“Do que você mais gosta na Terra”? Após assistir ao cativante O Espaço Entre Nós, é impossível não ficar pensando na resposta da pergunta recorrente de Gardner Elliot (Asa Butterfield). Na história, Gardner, um adolescente de 16 anos, foi  o primeiro ser humano a nascer em Marte, mas o que ele deseja mesmo é conhecer a Terra e viver nela.

Dirigido por Peter Chelsom (Hector e a Procura da Felicidade), a aventura interplanetária começa com uma missão a Marte, na qual os primeiros seres humanos são mandados a viver no planeta. Acontece que o bilionário por trás da expedição, Nathaniel Shepherd (Gary Oldman), tem uma surpresa quando se descobre que a astronauta líder está grávida, e assim, Gardner torna-se o primeiro marciano. Não bastando isso, sua mãe morre no parto e os cientistas concordam que seria muito arriscado trazê-lo de volta à Terra, portanto, o menino é criado lá mesmo, por uma equipe de cientistas. Kendra (Carla Gugino) é o mais próximo que o garoto chega a ter de uma mãe.

Mas imagine só, o garoto é criado por mentes brilhantes numa bolha em Marte, é claro que ele seria curioso e inteligente por natureza. E assim, Gardner acha uma forma de se conectar com suas origens, mantendo uma relação virtual com Tulsa (Britt Robertson), uma jovem que vive de lar em lar e que sonha em se libertar e viver suas próprias histórias, longe de tudo que a machucou.

A paixão adolescente e o desejo de encontrar o pai, que ele supõe conhecer em um dos arquivos deixados por sua mãe, movem Gardner. Até que chega o momento de finalmente conhecer suas origens, o menino vem à Terra. Depois de muitos testes e uma longa viagem, pode finalmente pisar em nosso planeta azul. Os momentos cômicos do filme estão na interação dele com outras pessoas, no como parece um menino esquisito, vendo tudo pela primeira vez e se espantando com o que consideramos comum.

Mas é claro que nem tudo seria perfeito, a equipe médica percebe, após apontamento de Shepherd que Gardner corre riscos na atmosfera terrestre, e então, sem alternativas, o garoto resolve fugir para encontrar Tulsa. E aí a aventura romântica começa, os dois fugindo das autoridades, vão numa viagem em busca de descobrimento, liberdade e por fim, o amor que floresce entre eles.

Por mais que todo romance adolescente beire ao clichê, o filme chega a surpreender em seu desfecho, em especial com relação à origem de Gardner. Um romance  que aquece o coração ao mesmo tempo que questiona nossa relação com a Terra, a vida e tudo o que nos cerca, vale a pena conferir!

O longa metragem chega aos cinemas brasileiros no dia 30 de março de 2017.

  • Bom
3

Resumo

Por mais que todo romance adolescente beire ao clichê, o filme chega a surpreender em seu desfecho, em especial com relação à origem de Gardner. Um romance que aquece o coração ao mesmo tempo que questiona nossa relação com a Terra, a vida e tudo o que nos cerca, vale a pena conferir!